O MACACO E O GOLFINHO - FÁBULAS
(ESOPO)
Conta Esopo que os marujos costumavam levar a bordo um animalzinho mascote para distrair da monotonia das águas. Uns levavam cachorros, outros levavam gatos e às vezes macacos. Nesta fábula, o macaco era esse mascote. E vieram as tempestades. Tão forte foi a fúria do vento que o barco naufragou e cada um saiu nadando para salvar-se. Já se refere o fabulista dessa época à ajuda dos golfinhos aos náufragos, como fato a ser levado a sério. Um desses golfinhos, pensando ser um homem amigo, deslizou por baixo do macaco prestes a se afogar e o manteve à superfície da água, rumando para o porto do Pireu, de Atenas. Durante o salvamento o golfinho falou com o macaco que parecia muito rompante e pouco agradecido à ajuda. Perguntou-lhe se havia aprendido a nadar e ele afirmou que sim. Perguntou se conhecia a cidade de Atenas e seus governantes. O macaquinho vaidoso, além de afirmar que não só conhecia seus governantes, mas que alguns eram muito seus amigos. Já desconfiado de que não estava levando boa peça, perguntou: E você conhece o Pireu? – Ah! Sim, ele é muito importante e dos mais amigos meus! Ora, raciocinou o golfinho, o Pireu é um porto e não uma pessoa... Estou levando um grande mentiroso que não merece ser salvo! Mergulhou e deixou o macaco exibido afogar-se já à vista da terra firme. Diz o fabulista que isto se aplica aos que desejam exibir mais valor do que realmente possuem e que terão que terminar mal, sempre que suas falsidades são percebidas. Esperamos que os macacos exibidos do Nazi-pelego-bolchevismo não fiquem iludindo os muitos “golfinhos” da natureza que são sinceros amigos do homem, mas só dos que respeitam a lealdade, a naturalidade, a Verdade.
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