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Égua E LEOA CAÇANDO - FÁBULAS
(ESOPO)

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  Pois é isso aí. São três versões de uma mesma fábula. Mas são tão diferentes! Na primeira versão, que já analisamos com o nome de O LEÃO E O ASNO CAÇANDO, Esopo conta que o leão se aproveitou do forte zurro do burro que ficava escondido para espantar os bichos que ele abatia na passagem estreita. No fim riu da pretensão do jumento e não deu nada em pago. A segunda tem também o mesmo nome, mas no final o leão lhe diz: “Vamos dividir esta caça em três partes. A primeira me pertence porque sou o leão. A segunda, do mesmo modo eu a comerei. Já a terceira parte eu aconselho que você não a coma, porque vai fazer-lhe muito mal”. Embora quase todos os tradutores a contem assim mesmo, mal se atrevem a explicar. E os leitores logo pensam – o asno come capim; se comer a carne da caça, esta carne deve mesmo fazer-lhe muito mal. Entretanto, com um pouco de paciência encontramos a fábula original da Suméria, onde era uma aula de biologia. Como sabemos, o leão não caça e nem o jumento tem velocidade para cercar a caça. Quem caça é a leoa, que precisa alimentar seus filhotes. E aí, acabando de abater sua presa, vem o leão e afasta os filhotes com sua mãe, que ficam assistindo o rei comer o que ele mais gosta. No fim os leõezinhos e a leoa comem o resto da carne e arrastam pela lama a ossada, as fezes e o couro. Este final de banquete fica para os abutres e hienas que comem coisas apodrecendo. Essa fábula é assim na velha Babilônia: A leoa combinou com a égua, que todos sabem como corre veloz, para cercar ora uma gazela, ora um antílope, fazendo-os correr em círculo para que ela se pusesse na passagem e comodamente abatesse a caça. Terminado o abate, a leoa lhe disse: Temos três partes da caça. A primeira será comida pelo leão que aí está chegando, porque é o mais forte. A segunda parte nós a comeremos em seguida, eu e meus pimpolhos, pois não vamos enfrentar o rei enquanto está com fome. Já os restos sujos, fezes e ossos, aconselho a você fugir de perto, pois se os comer, vai passar muito mal. Só servem para os abutres, vermes e hienas que comem coisas podres. E assim, o professor de biologia completava a lição lembrando que a égua podia até ter feito esse favor à família do leão num momento de defender a pastagem para seus potrinhos, e não estavam nem um pouco preocupados em comer a carne da caça, cujos restos realmente lhes fariam muito mal. Será que ainda podemos tirar alguma conclusão para a vida humana? Nem precisamos falar dos tais lemas do “socialismo” – Liberdade, igualdade e fraternidade. Mas, será mesmo que essa liberdade selvagem de abater a caça, essa igualdade de dividir o capim para os potrinhos, a carne para os leõezinhos, os podres para os abutres e essa fraternidade de complementar as funções naturais está sendo feita? O tal lema “de cada um segundo sua capacidade para cada um segundo sua necessidade” é realmente um projeto social para os homens, ou estão os vanguardeiros proletários fazendo-se de leões e escravizando aos tolos para seus sórdios objetivos pessoais?



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