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Regressão à média
(Amaral F)

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Este fenómeno constitui uma das ameaças à validade interna de um estudo.

Da avaliação inicial efectuada num estudo (baseline), são obtidas medidas que na população apresentam uma distribuição normal, ou seja, a distribuição de frequências tem aproximadamente a forma de sino.

Assumindo que a amostra é constituída pelos 10% dos elementos da população que têm a menor avaliação num teste efectuado previamente à intervenção do investigador (ex. formação), a média de todas as avaliações no pré-teste, será claramente inferior à média que se obteria se a amostra fosse representativa da população.

Agora vamos supor que a formação dada ao grupo amostrado, não funciona. O que acontecerá no pós-test (avaliação no final da formação)? Os resultados da avaliação final serão tão maus quanto foram os da avaliação inicial? Ou, posta a questão de outro modo: a distância a que estava a média obtida pela amostra relativamente à média da população no pré-teste, mantêm-se a mesma no pós-teste? Seria de supor que sim, mas não. No artigo original, o leitor pode aceder à explicação dada por Trochim para este fenómeno.
A regressão à média tem características próprias.

É um fenómeno estatístico, consequência de se ter uma amostra não representativa da população. Se a amostra fosse aleatória, a média da amostra no pré-teste coincidiria com a média da população (+ ou – o erro aleatório) e neste caso não haveria lugar a este fenómeno.

É um fenómeno de grupo porque, a média do grupo aproxima-se da média da população no pós-teste, embora possam haver indivíduos na amostra cuja avaliação se afaste.

Acontece entre quaisquer duas variáveis, que se medem em momentos diferentes do tempo ou que se medem simultâneamente (ex. peso e altura).

É um fenómeno relativo porque, qualquer que seja o desempenho da média da população no pós-teste, a média da amostra aproxima-se sempre da média da população.

Pode acontecer nos dois sentidos – se a amostra for constituída pelos sujeitos que no pré-teste tiveram a pontuação extrema inferior, o valor médio desta amostra no pós-teste subirá; pelo contrário, se a amostra for constituída pelos sujeitos que no pré-teste tiveram a pontuação extrema superior, o valor médio desta amostra no pós-teste baixará.

Quanto mais extrema for a amostra maior é a regressão à média. Se a amostra não for muito extrema, a sua média no pré-teste estará próxima da média da população, o que impede que a regressão possa ser grande mas quanto mais extrema for a amostra, mais “espaço” haverá para que a regressão possa ocorrer, entre as grandezas das médias da amostra e da população.

Quanto menos correlacionadas estiverem duas variáveis, maior é a regressão à média. Se todas as medidas estiverem perfeitamente correlacionadas não haverá regressão à média mas na prática, não é provável que isto ocorra dado que as medidas têm sempre algum grau de incerteza.



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