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O Cabeleira
(Franklin Távora)

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    O romance se passa pelos anos de 1770, em Pernambuco, região que para o autor é o berço tradicional da liberdade brasileira. O protagonista, Cabeleira, é famoso por sua carreira de crime. A audácia e as atrocidades cometidas por este suposto herói eram os temas dos versos dos trovadores, que o tinham como um Robin Hood pernambucano.

    O Cabeleira era o apelido de José Gomes, filho de um mameluco, Joaquim Gomes. Este era um sujeito de “más entranhas, dado à prática dos mais hediondos crimes”. Da mãe herdou um coração benévolo e um natural brando, mas aprendeu com o pai a depravação e a violência. (“Minha mãe me deu / Contas pra rezar, / Meu pai deu-me faca / Para eu matar”).
José, Joaquim e mais um cabra chamado Teodósio causavam terrível pânico por aquelas bandas, invadindo vilas, matando muito e saqueando o que podiam carregar.
Após algumas aventuras, o Cabeleira reencontra Luisinha, sua vizinha e amiga de infância, com quem prometera certa vez se casar, mas não a reconhecendo seqüestra-a e mata sua a mãe. Após ter conhecimento de quem ela é, o coração do cangaceiro se transforma, ele pede perdão a ela por seus crimes e jura nunca mais fazer mal a alguém. Abandonando seu bando, os dois fogem juntos, mas Luisinha morre. Cabeleira, mudado e desconsolado, foi preso e morto na forca. “A justiça executou o Cabeleira por crimes que tiveram sua principal origem na ignorância e na pobreza. Mas o responsável de males semelhantes não será primeiro que todos a sociedade que não cumpre o dever de difundir a instrução, fonte da moral, e de organizar o trabalho, fonte de riqueza?”  

    Franklin Távora pode ser considerado um escritor de transição entre o Romantismo e o Realismo. Defensor do regionalismo literário brasileiro desenvolveu temas do sertão nordestino. O Cabeleira foi publicado em 1876 e é uma de suas obras mais conhecidas. Nesta obra o autor nos conta um pouco da história de Pernambuco através das aventuras de José Gomes, o cangaceiro antecessor de Lampião. O ponto de vista aqui é o do bandido, e o autor faz uma dura e real crítica à sociedade que ao não cumprir o seu dever, marginaliza os pobres e os induz à violência.   



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