O Coração
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
O Coração
O famigerado colesterol, a gordura de baixa densidade se deposita na parede de uma artéria coronária, o sangue que passa por ali coagula tal qual acontece com cortes de feridas, uma proteína entra em ação, o plaminogênio, encarregada de dissolver esse coágulo formado em hora e locais impróprios. Só que as vezes, por azar, no lugar desse solvente, gruda-se no local, outra substância de nome apolipoproteína, por ter molécula parecida com a da anteriormente citada é convocada por engano para fazer serviço pelo qual não possui competência, derreter obstáculos á circulação. Impedindo a passagem do sangue, o coágulo interrompe o fornecimento de oxigênio para as células do coração, que então morrem, é o infarto. A OMS considera os problemas cardíacos como a epidemia do século, sendo a maior causa de mortalidade do planeta. Só nos EUA, cerca de 5 milhões de pessoas recebem o diagnóstico de doentes cardíacos e desses, 500 mil morrem. Entre os paulistanos, 26 a cada 100 mortes são causadas pelo coração. Mas a cardiologia tem avançado nos últimos anos. Técnicos do Centro de Pesquisas de Winchester, na Inglaterra e a IBM realizaram um programa com recursos de computação gráfica para localizar eventuais depósitos de gordura e mostrar até que ponto atrapalham a passagem do sangue no coração. Os primeiros angioscópios, como se chamam tais aparelhos só conseguiam entrar nos vasos maiores do coração, depois foram desenvolvidos cateteres luminosos e com espessura de 1 mm. Uma corrente de cardiologistas defende a substituição do bisturi por esses tubinhos, que a princípio surgiram apenas para diagnosticar e não curar. As drogas trombolíticas dissolvem coágulos. Injetadas na primeira hora após o aparecimento de sintomas, como dor no peito, evitam a morte em 70 % doa casos. Estima-se que o número de consumidores de remédios para cardíacos deva crescer ainda mais nos próximos anos.
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