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O Conto da Ilha Desconhecida
(SARAMAGO; José)

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Um homem vai ao palácio do rei para fazer uma petição. Tem a porta da petição assim como uma  designada para cada função. O rei ficava na  porta dos obséquios ao rei. Nunca na petição.  Só quando alguém fazia muito alarde  é que o rei recebia os pedidos .Estes pedidos tramitavam até chegar à faxineira. Petição feita, ficavam no canto esperando o pedido fazer todo o caminho de volta.Este homem, insistente tinha ido pedir um barco, nada dos pedidos de sempre.Foi ouvido pela  mulher da limpeza pela nesga da porta. Quis fazer o pedido diretamente ao rei.  Não saio daqui enquanto não for atendido.  Ali ele impediria aos outros de fazer seus pedidos. Com medo do barulho que já se ouvia e para não ficar indigno de sua majestade, o rei preferiu atender aquele homem com seu pedido inusitado. O que o homem queria? um barco? para que?  Quero  um barco para sair em busca de uma ilha desconhecida.Para que? não existe ilhas desconhecidas. Pergunte aos geógrafos. Ilhas desconhecidas  já não existem  há muito tempo. Nos mapas só ilhas conhecidas. Eu quero ir em busca de uma que não foi encontrada. Se eu pudesse dizer qual ilha, ela seria conhecida.  A contenda fluía... quem é você para que eu lhe dê um barco? ...e quem és tu para que não me dê?  Sou o rei deste Reino e todos os barcos me pertencem. Os barcos podem navegar sem ti. Não te peço marinheiros, só quero o barco, se encontrares a ilha ela será minha. Não!A ti só interessa ilhas conhecidas. Após deixarem de ser desconhecidas me interesso.  Os outro que também queriam fazer petição, passaram a gritar dê-lhe o barco!! impacientemente querendo se ver livre do homem e fazer suas próprias petições. Não te dou o barco. Vai dar sim! argumentou com firmeza.  Vou te dar um barco...  Me arranjo e consigo a tripulação por minha conta.  Houve uma grande manifestação em volta e o rei impaciente querendo impor a ordem e ansioso para voltar aos seus obséquios e se ver livre daquele homem que queria um barco, resolveu ceder e ordenou que lhe dessem um barco,e que este se encarregasse de arrumar a tripulação.Vá à doca e procure o capitão. Obrigado! balbuciou... Recebeu um cartão de visitas onde estava escrito, entrega ao portador um barco.  Temendo a responsabilidade e para não sentir remorso por algo que pudesse acontecer ao inexperiente navegador, ordenou-lhe oferecessem uma embarcação razoável, capáz de suportar o mar com suas intempéries. Chamaram a mulher da limpeza para por ordem, mas as mulher já tinha saido pela porta das decisões, largando seu posto, aquela que tinha lançado um olhar para o intrépido homem que queria um barco.  O homem já tinha uma tripulante, e não sabia.O barco se manteria limpíssimo. A mulher chegando primeiro ao porto já passara o olho nos barcos, escolhendo o seu, sabendo que de acordo com o rei seria um barco bom e capáz de adentrar mar adentro, porque é la que se encontram as ilhas desconhecidas.  O Capitão questionou; sabes navegar? aprenderei com o mar, navegando, dê-me o barco que me respeite e eu o respeitarei. O capitão não acreditava na existência de ilhas desconhecidas. Deu-lhe uma embarcação convincente, e a mulher que a tudo ouvia gritou meu barco! Era o que ela tinha gostado. Uma caravela.  Quem és tu? sou a mulher da limpeza. Saí pela porta das decisões. Dê-me a chave, vou limpar o barco enquanto tu vai ao encontro da tripulação.  A mulher pegou o balde a vassoura, entrou no barco que estava tomado por gaivotas, cheio de ninhos vazios, outros com filhotes, impossível entrar devido ao ataques das gaivotas. Foi então que a mulher firmou o pé e rodopiou a vassoura no alto matando uma a uma as raivosas gaivotas.Assim enquanto o homem foi em busca da tripulação a mulher limpou tudo, consertou as velas , o barco ficou um brinco, e mais tarde quando o homem voltou, trazendo comida, sem trazer nenhum tripulante pois nenhum homem do cais quis embarcar naquele sonho de encontrar ilha desconhecida, estavam acomodados com tarefas relacionadas às ilhas conhecidas e não acreditavam em ilhas a conhecer, não iam sair do sossego dos seus lares para aventurar além mar. Pensaram em como o mar estava calmo... Os dois ali... Seria possível ilhas desconhecidas.  As ilhas  parecem flutuar.... Que pensas fazer sem tripulação?Não sei ... Poderíamos viver aqui... morar... eu  lavaria os barcos...  e você deves ter algum ofício, tenho  mas quero encontrar a ilha... quero saber quem sou eu quando estiver lá... Não saberás se não saires de ti. Todo homem é uma ilha. Senão saímos de nós nunca nos conheceremos  as ilhas são vistas de fora. Vamos comer... primeiro vamos conhecer  o seu barco. Se encantou, achou bonito, disse vou devolver o barco. Você desiste rápido.Viu o quanto a mulher era bonita, decidiram dormir cada um de um lado da embarcação.O homem sonhou a noite  com viagens mar a fora com tripulantes com árvores crescendo a bordo e pássaros cantando, ao acordar no dia seguinte deparou com a mulher enlaçada aos seus braços dormindo.  Acordaram ainda não tinha pintado o nome do barco, escreveram em letras grandes e brancas: Ílha desconhecida e zarparam ao mar procurando a sí mesma.



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