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O Castelo dos Sonhos
(Esp. Antônio Carlos - Vera L.M.Carvaho)

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Silas era um menino muito diferente dos outros. Seria mesmo filho do senhor João e de dona Vioeta? nascera deficiente. Era corcunda, aparentava menor para a idade; sua perna esquerda era mais fina e alguns centímetros mais curta. Cabelos ruivos e ralos. Seus traços fisionômicos eram desarmoniosos: lábios grandes, dentes salientes, sobrancelhas grossas, olhos pequenos e nariz achatado. Tinha também as mãos grandes em relação à sua estatura. Em compensação, era uma criança meiga, amiga, obediente, inteligente e estudiosa.

Filho de fazendeiros importantes da região, tem quatro irmãos. É trabalhador, dedicado e admirado pelo pai. É tão humilde que esquece de si mesmo em favor das alegrias dos irmãos. Alma radiosa, num corpo deficiente. Sua aparência incomoda algumas pessoas, sendo vítima do sarcasmo daqueles que o rodeiam. Porém, é incapaz de guardar mágoas ou rancor. Aí vem a pergunta; por que será que Deus permite a uma criatura tão bondosa sofrer tanto? O que cometeu esse menino para reencarnar nessa condição de um deficiente físico? 

      A família morava na fazenda. O pai dele, João, diversificava na produção: criava ovelhas e fazia diversos cultivos. A fazenda ficava longe da cidade e os vizinhos também não eram próximos. Os empregados moravam ali, numa seqüência de casinhas distantes um quilômetro da casa-sede. Violeta, a mãe de Silas, quis que os filhos fossem instruídos. Para isso, contratou um professor que ia à fazenda dois dias por semana. Ali, pernoitava uma noite e ensinava as crianças. Silas ficava ao lado do professor o tempo todo em que ele permanecia na fazenda. Era o mais aplicado, sabia mais que seu irmão mais velho, Felipe, e ajudava o mestre nas lições com os mais novos. Lia muito e por isso adquiria muito conhecimento. Era um sonhador, como Maria bem o definia.

Silas ficou feliz quando o sr. joão e toda a família foi viajar para uma cidade distante, exceto ele. O menino já percebera que tinham vergonha de mostrá-lo. Os seus irmãos eram tão bonitos..., mas ele perdoava a todos. O pai pedira para ele tomar conta de tudo enquanto estivesse ausente. Silas era muito amadurecido para a idade. Ficara entusiasmado com a incumbência. Eles ficariam fora cerca de dois até três meses.

Uma grande tragédia caíra sobre Silas, toda a sua família morrera de peste no local em que estavam. Ele ficara com Maria uma das empregadas da casa, a que era babá. Ela o admirava e estimava muito. Ficou também com Isaías, o único dos empregados que se curou da doença e voltou da viagem, tornando-se seu novo pai, a pedido do sr. João. O menino sofria, chorava, mas não se deixava vencer. Tomou conta de tudo na fazenda, como se fora um adulto. Ele orava todos os dias e pedia ajuda a Deus. Sempre que adormecia ia ao encontro de Gabriel, seu antigo mestre. E aí ele via o seu castelo, dos sonhos. Seu mestre de outros temos e sempre amigo, Gabriel, o consolava e o reanimava com fluidos reconfortantes.

No Plano Espiritual esclareceu Gabriel a Eduardo, seu discípulo: Somos espíritos! Quando encarnado, o perispírito pode afastar-se do corpo físico, principalmente quando este adormece, e ir a muitos lugares encontrar-se com seres afins. Mas esse fenômeno difere muito de pessoa a pessoa; umas saem mais, outras menos. E mesmo para as que estão acostumadas a fazê-lo, essas saídas dependem muito da situação em que vivem no momento. Não saímos todas as vezes que adormecemos. Há pessoas que têm dias marcados para esses afastamentos. Normalmente quando se está doente, o perispírito fica atento ao corpo físico, mas também pode se afastar e ser levado a locais onde receberá a ajuda de que necessita. E quando o perispírito não se afasta, a maioria das vezes, adormece junto com o corpo físico, porque esse é ainda, muitas vezes, carente de descanso.

O espírito não adormece! Quis saber Eduardo. Não, o espírito não dorme, mas é revestido de corpos, perispírito, corpo físico... respondeu Gabriel. Compreendi... Silas sofre interiormente, mas sua dor não é física, é íntima. Seu espírito é que sofre. Por isso, sua dor é maior. Foi por ele ter orado que o senhor pôde vir até aqui? Para receber melhor a ajuda, principalmente a espiritual, necessita-se estar receptivo, e Silas, pela oração, não ficando revoltado, está receptivo e pude assim auxiliá-lo melhor. O senhor o ama muito, não é? Perguntou Eduardo. Amo. Ainda não consigo amar igualmente a todos. Aprendi a querer bem a todos, mas ainda sinto maior afeto por alguns, principalmente pelos meus pupilos. Tenho me esforçado para não amar de maneira diferente. O senhor sempre o visita, mas agora virá mais vezes, não é? Perguntou Eduardo. Sim. afirmou Gabriel. Tentarei confortá-lo e orientá-lo. Foi o que ele pediu a Deus na oração, exclamou Eduardo. É maravilhoso o que Deus faz por nós: um filho Dele auxiliando outro.



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