Juno
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Gravidez na adolescência, é um tema recorrente no cinema, mas, em Juno, o assunto é tratado com tanto respeito que não se torna vulgar.
Juno(Elle Page), arrasa na interpretação e olha que, ela, ainda, é mui jovem. Vai longe essa menina.
O roteiro deslancha uma história comum de uma mocinha rebelde que fala o que pensa. Adora rock. É voluntariosa. Tem coragem desmedida e também, medos que teimam em assolá-la volta e meia. Só que conta com o apoio do pai e da madrasta e de uma grandessíssima amiga.
Um dia, Juno, tem um envolvimento amoroso com o seu namorado nerd. A gravidez torna-se inevitável. Achando que é muito jovem para assumir a responsabilidade de mãe, resolve doar o seu bebê, após o nascimento. Assim, escolhe um casal aparentemente estável e bem situados financeiramente para serem os pretéritos pais. Só que a vida dá umas voltas inesperadas e algumas vêzes o que parece ser, não é.
Dramas paralelos se desenrolam ao drama pessoal da protagonista.
E o final do filme surpreende pelas decisões que serão tomadas.
Pueril, mas muito tocante.
No início, parecia mais um filminho de sessão da tarde. Só que a vida de todos nós, é muito mais do que uma matinè.
A trilha sonora é muito boa e de acordo com o desenvolvimento do filme.
O roteiro é bem orquestrado e com falas irônicas, mas pertinentes. Principalmente a uma adolescente de 16 anos, americana e que não almeja ficar na penumbra do sucesso e do QUERO ME MOSTRAR ou EU, SOU A MELHOR (coisas típicas do american way of life).
A direção é suave como um grande maestro dirigindo a Filarmônica de Nova York.
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