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O ATENIENSE DEVEDOR E A PORCA FECUNDA - fábulas
(ESOPO)

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 Vamos entender mais sobre vendas... De início parece algo sem graça. Mas prestemos atenção que tem dois finais. Diz Esopo que era uma vez um Ateniense Devedor. Devia ser uma época de demagogos pagos para tomar tudo dos atenienses e este devia estar sendo cobrado por um agiota... Pediu mais prazo e não lhe foi concedido, exigindo o Credor que vendesse algo e lhe pagasse. Ele só possuía uma porca de cria. Na frente do credor, colocou à venda seu único capital. O comprador queria saber se era fecunda. Diz o vendedor: Sim! Podes contar que terás fêmeas se for emprenhada na festa dos Mistérios e machos se o for nas festas Panatenéias. Como ele ainda pusesse dúvidas, completou: E não te surpreendas se ela produzir cabritos nas Dionisíacas... O fabulista dá como moral da estória que, para vender, até absurdos são ditos. ANÁLISE - Será que Esopo queria dizer que o Vendedor estava mofando do Agiota ao apelar para as explicações divinas? Ou fazia pouco caso da ignorância do comprador? Lembremos que as festas dos Mistérios de Eleusis ocorriam na lua cheia, sendo corrente entre criadores que a Lua Cheia favorece para gerarem fêmeas. Do mesmo modo as festas Panatenéias eram de Lua Nova, onde a lua favoreceria para gerar machos. Já as festas Dionisíacas continham rituais com fantasias de bodes e cabras referindo-se a misteriosa origem humana. Evidentemente a porca não produziria cabritos... Bem, em algumas versões esta fábula diz que foi sugerido pelo Credor em cobrança que devia dizer o melhor possível para convencer ou enganar o comprador. Em outra se comenta que o Devedor teria alegado que esperasse o tempo em que a porca produzisse e ele teria a renda para pagar. Em outra ainda se alonga o narrador informando que o Agiota que forçou a propaganda enganosa faleceu e por engano foi parar na porta do céu, onde o porteiro lhe avisou que não era ali seu lugar, mas acabou permitindo que experimentasse e depois fosse ao Inferno experimentar também um dia. Teria achado maçante no céu. No Inferno foi recebido em imensas festas de bebidas, comidas, danças, mulheres... Voltou ao porteiro do Olimpo e assegurou que era melhor no Hades... Voltando lá, caiu de cabeça nos tachos ferventes e protestou: Aqui não é só festas? Em resposta ouviu: "A propaganda é a nossa especialidade... Ontem era dia de promoção! Do mesmo modo que você fazia..." No correr dos tempos, este final é atribuído pelos Marxistas como acontecido com um Bispo escolhendo depois de morrer... Pelos anticomunistas se diz que era Stálin... Pelos cubanos se garante que era Fidel e pelos brasileiros que era Lula... MAIS COMENTÁRIOS – Entre os povos antigos a porca é considerada o símbolo da fecundidade e da riqueza. O agiota da fábula é, na versão sumeriana, o próprio poder do mal obrigando os humanos a desfazer-se das riquezas. Outras mitologias fundamentam o cofre em forma de porquinho na crença de que esse formato multiplicaria as moedas. As três festas citadas eram rituais que envolviam mistérios como a riqueza, a fecundidade, a origem do ser humano, as relações com os deuses, sendo levadas muito a sério, de modo que apelar para seu significado em negócios poderia acarretar castigos divinos em caso de falsidade.



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