Memórias de um Sargento de milícias
(Manuel Antônio de Almeida)
Capítulos: XXXVII ~XXXIX
Major Vidigal, sentia-se triste, abatido, devido à fuga de Leonardo, e ainda com as gozações que ouvia por ter falhado como oficial, que remoiam seu coração, fazendo aumentar a vontade de que um dia, pudesse ir à casa das duas senhoras, e poder pegar de vez Leonardo. Com isso, chega-lhe uma moça em pleno pranto, rogando pela liberdade do rapaz, e Vidigal, pôs-se a exclamar ao público que Leonardo oficialmente havia fugido, e a moça então saiu, silenciosa porém satisfeita. Chegando na casa das duas senhoras, passa à Leonardo um grande sermão, que como tema, possuia: a necessidade do rapaz quanto a uma ocupação, senão, nada sobráva-lhe a não ser tornar-se soldado. Assim, dias depois, a moça trouxe-lhe a notícia de emprego na ucharia real, e logo começou a trabalhar. Trabalhava bem, até que como um cortejo à moça da ucharia, leva-a uma tigela de caldo, mas, o homem que com ela morava, acabara por chegar, e encontrou Leonard e a moça juntos. Leonardo correu, houveram pratos quebrados, gritos, murros e discuções, e no dia seguinte, Leonardo foi despedido. Tal qual foi a tristeza das duas senhoras, como foi o ciúme da moça que o trouxe a notícia de emprego, pondo-se a chorar e rebelar-se enciumada a ir na ucharia. Leonardo foi também, com o intúito de fazê-la voltar, mas não conseguiu. Chegando lá, ela entrou, mas ele foi surpreendido por Vidigal com um sorriso maléfico, que levou-o preso.
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