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O ROUXINOL E A ANDORINHA - FÁBULAS
(ESOPO)

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 Este curto diálogo/fábula se encerra assim mesmo: "Pergunta a Andorinha: Oh! Meu caro amigo Rouxinol, por que preferes os lugares desertos para fazer teu ninho em vez de fazê-lo sob o teto dos homens, como faço eu? Responde ele: É para não lembrar de antigos dissabores". A explicação dos tradutores chega a ser mais longa que o diálogo, informando-nos que quando alguém passou muitos e profundos dissabores em algum lugar, nem ao local onde houve os problemas queremos voltar. Nenhum deles tenta explicar que fatos foram esses que deixaram tanto desgosto. ANÁLISE - Revirando antigos fabulários acabamos achando um conto bem ao estilo de ESOPO, tentando explicar esse passado. Diz mais ou menos assim: Um homem prendeu em sua gaiola um Rouxinol, após ouvir seu canto maravilhoso na floresta. O coitado prisioneiro, muito triste com a perda da liberdade, foi enfraquecendo, não queria comer, caíram a maior parte das penas e jamais cantou no cativeiro. Acabou doente e um dia adormeceu em meio a grande febre e sonhou. Sonhou que estava livre na floresta. Viu o amanhecer maravilhoso da primavera e, inspirado, cantou a sinfonia dos clarões da aurora, o irromper do Sol de ouro no horizonte. Descreveu a sucessão das cores irisadas reverberando nas águas das torrentes do degelo. E prosseguiu com mil orações em melodias musicais, festejando gotas de orvalho refletindo mundos de luz. Comemorou em trinados as flores, seu perfume e seu colorido. Relembrou a brisa farfalhando nas folhas das árvores. Homenageou o vôo dos pássaros e uniu sua voz à harmonia da Natureza. Cantando sem descanso, acordou bruscamente do Sonho para a realidade triste de sua prisão na gaiola. Nesse momento de silêncio ouviu a voz do homem que o aprisionou exclamando: "Que canto divino tem essa ave! E eu ia soltá-lo hoje com pena de sua tristeza!" Dizem os recontadores que ele caiu morto e sua triste dor se transmitiu a toda a espécie dos Rouxinóis que passaram a fugir da casa dos homens. Se é essa lembrança à qual se refere Esopo, têm razão os Rouxinóis! Concordamos com eles que é melhor ir para o deserto, longe dos homens que desrespeitam a Natureza e a liberdade dos animais, das aves e de seus próprios semelhantes. "Somos livres e nada precisamos, como os passarinhos dos céus", como ensinou o Mestre dos Mestres. "Fugi, filhos meus, dessa Babilônia alucinada!" É isso que Ele manda João Marcos aconselhar no Apocalipse. Ouçamos: É melhor abrigar-se no deserto neste momento em que a Prisão da Grande Ditadura está fechando a todos na Senzala Geral e querem que façamos à força tudo que lhes deleite e desejem de nós.



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