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Rituais
(Byron Torres de Freitas e Vladimir Cardoso de Freitas)

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  Temos ouvido críticas freqüentes aos rituais dos cultos afro-brasileiros. Muitos pensam que podiam ser simplificados, de modo a se tornarem  acessáveis a todos.
Não somos desse  parecer. O que os nossos maiores, praticavam deve ser mantido o quando possível. Há sem dúvida, práticas obsoletas, mas essas são naturalmente modificadas, pelo consenso geral.
Os cultos afro-brasileiros não foram inventados, nem descobertos, por homem algum. Resultaram da lenta acumulação das cerimônias ritualisticas, da observação dos fenômenos terrestres e celestes.
É por isso que dificilmente se encontra um sacerdote por mais idoso que seja, que consiga conhecer os rituais do culto afro-brasileiro. Alguma coisa lhe escapará, alguma coisa que um sacerdote de menor projeção pode saber e executar com pleno conhecimento de causa.
A propósito, vale relembrar uma velha história inglesa. Um sabia estava morrendo, assistido por uma netinha. não havia, na casa, sequer, uma vela. Então, a menina perguntou ao velho se uma brasa podia servi, em lugar da vela. O moribundo respondeu afirmativamente, nas objetou que não havia onde colocar a brasa.
A menina foi ao fogão, apanhou um punhado de cinza e sabre esta colocou a vela. No seu último suspiro, o avô ainda disse: "A gente morre aprendendo"
Assim, nos cultos afro-brasileiro, na Umbanda, em todos os ramos do saber humano. É impossível a um sacerdote, seja de que "nação" for, conhecer todos os segredos todas as "mirongas", todos os " pontos cantado" ou "toada".
Certa vez, dissemos a um velho sacerdote existir alguém com a extraordinária capacidade de, em uma tempestade distinguir a que Xangô pertencia determinado raio. O nosso bom amigo ficou bastante admirado, porem não negou a possibilidade. Alias, o raio de Iansan tem o nome de "Zaze-zaze Mambembe" para diferencia-lo do raio de Xangô, mais forte. "mambembe" quer dizer "fraco".
Considerando, pois, o que precede, manifestamos o nosso desagrado com muita coisa que está acontecendo na umbanda. As quentiunculas, as pequenas rivalidades, a "indaca ti afofô", isto é, o palavreado pueril tudo isso nos causa piedade, mas ao mesmo tempo, o desejo de reagir a esse estado de coisas.
Não bastam os intrusos que, embora processados por crimes de extorsão continuam achacando, iludindo os incautos. A ultima aventura do grupo de marginais infiltrando nos terreiros ingênuos, é a tentativa de fundarem uma "escola de umbanda". Pasmem os irmãos! Eles não conhecem nem rituais, nem doutrina, nem vocabulário referente aos cultos umbandista e afro-brasileiros. Eles não foram iniciados, não  são sacerdotes, mal sabem assinar o próprio nome.
Praticamente, são analfabetos. Como é que se atrevem a desrespeitarem um culto religioso de origem milenar? Quem lhe outorgou o grau de professor? Onde fizeram o curso primário, ao menos? . . .



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