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Classe média se aproxima de 50% da população do País
Persistem 33 milhões de miseráveis
A classe média constitui atualmente quase a metade da população brasileira (47,1%), considerada aquela formada pelas pessoas que ganham entre R$ 1.064 e R$ 4.591, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas - FGV.
O dado aponta redução da desigualdade social no País, onde, em 1993, a classe média representava menos de um terço dos habitantes (30,98%), situação que se reverteu em boa parte em virtude do aumento do emprego formal.
O estudo levantou a existência de 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada, o que se relaciona diretamente com a expansão, em 2007, de 4,4% dos segmentos médios da população, que compõem a nova classe média.
O índice de pobreza, por sua vez, se reduziu em 6%, entre 2006 e 2007, quando regrediu de 19% para 18,11% dos brasileiros, fenômeno que significou a ascensão de 1,5 milhão de pessoas da linha de pobreza para níveis melhores.
De qualquer forma, a mesma pesquisa constatou ainda a presença de 33,6 milhões de miseráveis no território nacional, fatia equivalente a 18% da população, cuja renda, em seu nível mais baixo, gira em torno de R$ 135,00 por mês.
Uma particularidade revelada pelo estudo é que a maioria dos idosos integra a nova classe média brasileira, fato atribuído aos programas de transferência de renda para aposentados e pensionistas desenvolvidos pelo governo federal.
Igualmente interessante é o fato de que a nova classe média é formada de pessoas provenientes da classe E que não estacionaram na classe D, visto que o fator da melhoria da qualidade de vida foi a oportunidade de emprego formal.
A considerável proporção de afro-brasileiros e mulheres em ascensão para a classe C consiste de mais um aspecto significativo da fase de redução das desigualdades sociais no Brasil, onde os indicadores são positivos há sete anos.
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