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Capítulo X: Projeção da Economia Açucareira: A Pecuária
(Celso Furtado)

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O sistema econômico açucareiro assegurava recursos para manter a defesa da colônia e intensificar a exploração de outras regiões.
Não havia interesse dos empresários do setor em outras atividades secundárias. Portando, a economia açucareira podia atuar como fator primordial para o desenvolvimento de outras regiões.
Um conjunto de fatores fez com que o impulso açucareiro fosse desviado para o exterior. Foram eles: o fato de os fretes de vinda para o Brasil eram baixos e, também, havia a preocupação em evitar o surgimento de atividades comerciais.
Comparando a evolução das colônias de São Vicente e da Nova Inglaterra, percebe-se que ambas tiveram fracasso em relação aos seus objetivos iniciais. E o motivo disso foi a falta de mão-de-obra.
A Nova Inglaterra passou a usar a pesca como meio de subsistência e primeira atividade comercial, posteriormente como comércio marítimo. Já São Vicente teve como sua primeira atividade à caça ao índio e depois a conquista de território.
No setor bens de consumo os artigos de luxo não podiam ser produzidos na colônia, com exceção da carne. Já no setor de bens de produção encontrava-se a lenha e os animais de tiro, principais fontes de energia dos engenhos podendo ser supridos com grandes vantagens.
Os indígenas se ocupavam da atividade criatória, pois se adaptavam facilmente à mesma. Porém, houve uma incompatibilidade de cana e da pecuária no litoral. A ocupação do interior com a lógica da pecuária extensiva era com rentabilidade inicial reduzida. A criação precisava de terras para se expandir.
Houve uma possibilidade de crescimento da pecuária. A condição de existência era a disponibilidade de terra. Os rebanhos rapidamente penetraram no interior, cruzando o São Francisco e alcançando o Tocantins, para o Norte, o Maranhão no começo do século XVII. À medida que os pastos se distanciaram do litoral, os custos iam crescendo, devido o transporte ser mais oneroso.
Sendo a criação nordestina uma atividade dependente da economia açucareira, a princípio era uma expansão dela que comandava o desenvolvimento da nova economia pecuária. A expansão consistia no aumento dos rebanhos e na incorporação – em escala reduzida – de mão-de-obra. A criação de gado também era uma atividade de subsistência, sendo fonte quase única de alimentos e de matéria-prima (couro) que se utilizava praticamente para tudo.



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