Eu Confesso Tudo
(J.M.Simmel)
Narra a trajetória de James Elroy Chandler, um escritor bem sucedido como roteirista de Hollywood que, através das tentações do mundo do cinema, desenvolve o seu destino a partir de uma vida amorosa desenfreada e sem escrúpulos, com fraudes e crimes, e finalmente encontra o caminho de volta a si mesmo.
Está trabalhando em seu mais novo filme na Alemanha, mas uma série de intrigas ameaça seu entendimento com o chefe da produção. Além disso, seu casamento vai de mal a pior. Começando a degenerar, comete adultério com uma mulher excêntrica, sedutora e elegante; sua relação com esta é atormentadora.
De repente Chandler começa a sentir vertigens, uma forte pressão na cabeça, passando a desmaiar, chegando algumas vezes a ter dificuldades para pronunciar as palavras mesmo sabendo exatamente o que queria dizer. Percebe o comportamento estranho da esposa e resolve segui-la, disfarçadamente. Descobre que está doente. Ainda disfarçado, se dirige a um hospital conseguindo ter uma conversa com um dos médicos, pedindo que este lhe explique sobre tumores cerebrais, alegando que esse seria o tema de seu próximo filme. O médico, sem saber, acabara de dar a Chantler a sua sentença de morte: soube que sua doença era um glioma, isto é, um tumor incurável, lhe restando menos de um ano de vida.
Decide então aproveitar o pouco tempo que lhe resta e, junto da amante, sai do país com novos documentos. Em seu novo lar, conhece um garotinho de temperamento agressivo, desconfiado e anti-social, tal é filho de sua amante.
As dores causadas pela doença aumentam, dia a dia, tornando-se insuportáveis, o que faz Chandler (agora Walter Frank) tomar medidas extremas: auto aplicação de cloridrato de morfina, uma droga entorpecente. O tempo passa e a degradação psicológica, da qual lhe falara o médico, já dava o seu sinal de existência. Descontrolado, mata a amante.
Tendo consciência de que seu final chegava e arrependido do homem cretino que fora, resolve relatar toda a sua vida e deixar a verdade. Mas sem ter a certeza de que o concluiria antes de morrer.
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