BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Você sabe como ensinar valores ao seu filho?
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

Publicidade
O que mais se tem discutido e lamentado nos últimos tempos refere-se à falta de respeito, à indisciplina, à violência apresentada por crianças e jovens e, em especial, à perda do status paterno e materno. Todos esses itens estão diretamente relacionados com o processo educacional que, basicamente, deve começar no primeiro dia de vida de cada recém-nascido e se prolongar até que se perceba que este já é capaz de conviver de forma adequada no meio sociocultural a que pertence. Esta é uma verdade que, ao longo dos tempos, tem sido considerada como uma incumbência específica da instituição familiar que, no entanto, conforme se tem observado, vem se mostrando cada vez mais incapaz de realizar de forma satisfatória tal tarefa, especialmente devido à impotência que os pais vêm apresentado em situações de controle das ações e reações de seus filhos e, pior, sendo totalmente dominados por eles. Quem ainda não assistiu, estupefato, uma criança de apenas dois ou três anos de idade, fazendo uso da ditadura do eu quero e sendo obedecida, seja prontamente ou após vários confrontos e desacatos? Quem ainda não ouviu as lamentações dos pais e até mesmo sentenças de rendição, como por exemplo, não consigo fazer com que ele (a) me obedeça? Pois bem, é lamentável, mas, a família não está mais sabendo educar os seres em formação que dela fazem parte e, como conseqüência, está pagando caro por essa incompetência. Para que possam pais e mães vir a ser respeitados, algumas regrinhas básicas não podem deixar de ser ensinadas, ou seja, alguns valores estruturais necessitam ser repensados e, obviamente, colocados em prática. Pois bem, que tal começar retomando o conceito de hierarquia? Os pais não devem nunca se esquecer que toda criança é um ser em formação e, por isso, são eles, os adultos, que devem conduzir e ter o poder de controlar o comportamento de seus filhos e não o inverso, fazendo a distinção devida do que é certo ou errado, mantendo a coerência entre o que dizem e o que fazem, já que o exemplo é importantíssimo e não há nenhum discurso inflamado que o substitua. Outro item importante a ser colocado em pauta é a ênfase na responsabilidade que deve vir acompanhada da orientação constante, realizada através de atitudes adequadas e não associada a processos de culpa, mesmo porque, na maioria das vezes, quando a criança age de uma forma que não é a correta, é porque não conhece outro modo de se manifestar. Aproveitar esse momento para ensiná-la a se desculpar, pois é comum a criança não perceber que está desrespeitando regras de convivência. Outro aprendizado essencial refere-se ao sentimento de gratidão. Para tanto, é imprescindível que os pais não realizem prontamente os “sonhos” de seus filhos e deixem que eles sejam envolvidos pela sensação de expectativa, que esperem ansiosamente por aquilo que desejam e que contem cada minuto que antecede a efetivação do que esperam. Sabendo esperar, aprendem a controlar instintos consumistas, além de desenvolverem atitudes de tolerância. Cabe aos pais  acostumar a criança a agradecer por tudo que recebe, mesmo que o valor material seja insignificante – é essencial que ela desenvolva sentimentos de gratidão e compreenda que não precisa ter tudo que deseja. Asssim, estará sendo preparada para o futuro, já que a vida não costuma entregar a ninguém, “de mão beijada”, tudo aquilo que se almeja. Isso é de extrema relevância porque, de forma conjunta, estará sendo trabalhado o sentimento de frustração – filhos que são acostumados a terem apenas o que os pais podem lhes dar, dentro de seus limites materiais, aprendem a valorizar pequenas coisas e a educar suas emoções. Vale ressaltar ainda que, antes de conhecer “o outro”, toda criança necessita conhecer a si mesma e, por esse motivo, costuma pensar primeiro em si e depois nos demais. Quando é  ensinada a se colocar no lugar do próximo, a criança tem a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento e, a partir daí,  entende com mais facilidade quanto tem sido favorecida em comparação a tantos outros que pouco ou nada têm. Também está sendo incentivada a fazer parte de um mundo cooperativo e não ditatorial, solidário, passando a compreender que quando é omissa com relação a suas responsabilidades, está não só maculando sua própria imagem, mas, ao mesmo tempo,  prejudicando toda uma coletividade. É bom ter sempre em mente que a omissão é tão grave quanto a transgressão e muitos pais não dão a devida importância quando seus filhos deixam de cumprir o que se comprometeram a realizar. Preferem “deixar passar”, fingir que não perceberam, buscando não se aborrecerem ainda mais. Ao agirem assim, perdem a oportunidade de abrir a porta do diálogo, essencial para que uma família se mantenha unida, vivenciando um relacionamento saudável, sustentado pela confiança que traz segurança e estabilidade emocional para todos os seus membros, sentimentos estes que vêm sendo banidos pela sociedade em geral e que são potenciais detonadores de estruturas psicológicas e emocionais.



Resumos Relacionados


- Quem Ama, Educa!

- "autoritarismo" Nas Crianças

- Entrando Na Primeira SÉrie

- Conversa Com Os Pais.

- O Limite Na Medida Certa



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia