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Descobrimentos ESPANHÓIS - (HIST. DA AMÉRICA)
(Alcindo Muniz de Souza e Outros)

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“Séculos hão de vir em anos longínquos em que o Oceano soltará os laços das cousas e a terra se mostrará imensa; Tetis mostrará novo mundo e Tule não será mais o limite da Terra”- profecia de Sêneca já no ano Iº de nossa era. O curioso é que Sêneca (4 a.C. / 65 d.C.) nasceu em Córdoba na Espanha quando esta era uma província romana e foi depois de longos séculos de lutas que a Espanha conquistou sua independência e unidade política para em seguida realizar o patrocínio da expedição marítima que descobriu o Novo Mundo.
Os árabes haviam difundido na península Ibérica os antigos conhecimentos sobre a esfericidade da Terra. Outras motivações para as viagens marítimas e exploração de novas terras, deveram-se ao “livro das Maravilhas” de Marco Polo contando suas aventuras nos domínios de Cubilai, soberano descendente de Gengis-kan, fundador do 1º Império Mongol, no século XIII. As riquezas do Oriente que só chegavam às mãos dos europeus depois de passar pelos entrepostos do Mediterrâneo (Gênova e Veneza), vindas por rota terrestre, despertavam a cobiça de Portugal e Espanha, excluídos. Portugal com a escola de Sagres do Infante Don Henrique dera início às grandes navegações em busca de um caminho marítimo para as Índias. A Espanha com a consolidação de seu governo nas mãos dos reis católicos Ferdinando e Isabel também estava preparada para dar início à grande aventura. O interesse pela arte, ciências, cultura e pelo ensino levou a Rainha Isabel a ter um papel de destaque, rodeado-se de pessoas eruditas. A ordem no país depois de muito tempo criava condições propícias para alargar horizontes. Cristóvão Colombo tendo seu projeto recusado pelo Rei de Portugal, D. João II, e pela Junta dos Matemáticos (1485) após dez anos, partiu para a Espanha. Tinha início a largada que movimentou inúmeros navegantes e aventureiros nos séculos seguintes. A Espanha teve destaque nesta fase das Navegações. Colombo antes de chegar à Espanha, adquirira experiência como marinheiro navegando pela costa Atlântica desde a Grã-Bretanha até a África Ocidental. Supõe-se que ele conhecia as viagens à América, realizadas pelos nórdicos, e que talvez tivesse estado na Groenlândia, a serviço do Rei da Dinamarca. A rota conhecida de Colombo pelo litoral Atlântico oferecia riquezas suficientes que justificassem as viagens,mas seu objetivo era chegar às Índias e ilhas do SE asiático em busca das mercadorias de luxo: sedas da China, especiarias (cravo, canela, gengibre, pimenta do reino), sândalo e resinas aromáticas para higienizar os ambientes, pois as cidades eram infectas e malcheirosas. Propunha uma rota nova para chegar ao oriente -el levante por el poniente. Fez cálculos baseados em informações do Geógrafo Paolo Toscanelli – Seriam 5.600 km a percorrer (!) e as riquezas chegariam à Espanha sem passar pelos entrepostos árabes, venezianos e genoveses. Porém, a Comissão que aconselhava os reis da Espanha era contrária ao projeto. A demora do apoio da Espanha ao seu projeto, levou Colombo a partir para a França, esperando que o rei Carlos VIII o ajudasse no empreendimento. Conselheiros particulares da rainha, entre eles D. Luiz de Santanagel, banqueiro amigo de Colombo e outros, levaram-na a se decidir a ajudar Colombo. Sem o apoio dos cofres da coroa, a Rainha vendeu suas jóias e patrocinou a viagem. Em abril de 1492 Colombo firmou um contrato com os reis católicos Ferdinando e Isabel, estabelecendo entre outras condições que ele, Cristóvão Colombo ficaria Vice-rei e Governador das terras que descobrisse, cabendo-lhe a décima parte do ouro, prata, pedras preciosas, especiarias e outros produtos encontrados. No dia 3 de agosto de 1492 partiu do porto de Palos de la Frontera com três caravelas e 90 homens: - “Santa Maria” com cerca de 250 ton., 40 tripulantes, comandada por Colombo; Pinta sob o comando de Martin Afonso Pinzón, e “Niña”, ao cargo de Vicente Yanez Pinzón. Na comitiva leva um intérprete das línguas orientais. Leva um documento oficial dirigido ao Grã Khan Mongol citado por Marco Polo. Faz 3 viagens sem conseguir seu intento. O fracasso em encontrar uma passagem que o levasse ao seu objetivo e intrigava. Disputas entre os participantes da expedição, levaram Colombo de volta à Espanha prisioneiro. Faz mais uma 4ª tentativa. Procura uma passagem para oeste. De volta à Jamaica perde o último navio. Ao embarcar novamente, é feito prisioneiro e levado para a Espanha. Constam relatos de que nesta viagem, ao passar pela Venezuela, um índio lhe contou que do outro lado daquelas terras, após atravessar a floresta havia um oceano. Ele não acreditou...
A partir das viagens de Colombo, muitas outras foram realizadas por navegantes de várias nacionalidades a serviço da Espanha e de Portugal – Balboa, De Solis, Fernão de Magalhães, Fernão Cortez, Sebastião El Cano, Pinzón, Francisco Orellana, Gonçalo Pizarro, Sebastião Caboto, etc. Em 1508 foi elaborado o primeiro “Padrão Real” espanhol com o registro oficial das descobertas para servir de modelo aos mapas de navegação. Em 1517/1519 Diogo Ribeiro elaborou três mapas-múndi baseados no “Padrão Real” espanhol, marco decisivo na representação do mundo.



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