Resumo de O diálogo entre o ensino e a aprendizagem

A autora enfatiza um olhar novo para o novo.Aquele que professor observa, reflete e age ao manifestar suas decisões.Ele é o sujeito de suas ações,portanto pode mudar a direção dessas atitudes e comportamentos.
A aprendizagem era conceituada como ponte entre a fala e a escrita,falando certo se escrevia certo.Em decorrência dessa ideia, a ortografia de alunos pobres,falantes de um dialeto sem status,era relacionada a esse dialeto sem prestígio.
As pesquisas realizadas nos anos 1970 por Emilia Ferreiro,Ana Teberosky sobre o que pensam as crianças a respeito do sistema alfabético da escrita(psicogênese da língua escrita)evidenciaram os problemas que a metodologia embutida nas cartilhas cria para muitas crianças.Como elas criam hipóteses sobre a escrita e seus usos,frequentemente as mais pobres são as que têm as hipóteses mais simples.
Houve um avanço i,portante no conhecimento produzido sobre questões do ensino e da aprendizagem,pois permitiu que o professor olhasse para o que o aluno produziu e enxergasse o que ele sabia e identificasse que tipo de informação seria necessária para que seu conhecimento avançasse.É preciso aceitar a ideia de que nenhum conceito,nem número,quantidade,nada,nasce com o sujeito ou é importado de,mas precisa ser construído.
Na Escola Nova,onde tiveram como pensadores importantes: Dewey,Claparède,Decroly,Montessori e Freinet,embora houvessem algumas divergências entre si,assumiam o mesmo princípio norteador: a valorização do indivíduo como ser livre,ativo e social.
A criação por Piaget,de um modelo claro do processo geral do construção do conhecimento abriu a possibilidade de,mais tarde,estudar-se a construção de conhecimentos específicos,como o fez Emília Ferreiro(aluna de Piaget).Toda criança sabe muitas coisas,só que umas sabem coisas diferentes das outras.O professor deve induzir seus alunos a participarem da cultura,deve organizar situações de aprendizagem.
O conhecimento avança quando o aprendiz enfrenta questões sobre as quais não havia parado para pensar.Quando observa como os outros a resolvem e tenta entender a solução que dão.Isso justifica a exigência pedagógica de garantir a máxima circulação de informação possível na aula.É preciso que o professor aceite que sua função é o de um planejador de intervenção que favoreçam a ação do aluno aprendiz sobre o que e objeto de seu conhecimento.
A interaçãp entre os alunos não é necessária só porque o intercâmbio é condição para o convívio social na escola.
Quando o professor pensa que ensino e aprendizagem são duas faces de um mesmo processo,faz sentido acreditar que, ao final dele,só existam duas alternativas: o aluno aprendeu,ou não aprendeu.Ele vê a aprendizagem como uma reconstrução que o aluno tem de fazer dos seus esquemas interpretativos e percebe que o mesmo é mais complexo do que o simples" aprendeu ou não aprendeu".
O fracasso escolar está quase todo assentado na demora dos alunos para aprender a ler e a escrever no ensino fundamental,pois têm pouco repertório em relação ao uso da escrita;o fracasso escolar está quase todo assentado na demora dos alunos para aprender a ler e a escrever.
A escola que propomos e buscamos é uma escola aberta à diversidade(cultural,social e também individual).É fundamental para o professor comprometido com o sucesso escolar a atenção a essas questões e a naturalidade no tratamento que oferece aos que precisam de ajuda extra,para que não sejam estigmatizados como "os fracos",condição desfavorável a sua aprendizagem.
A formação dos professores necessita mais do que um curso preparatório,pois será sempre insuficiente para desempenhar seu profissionalismo em sala de aula.É necessário que o professor registre seu trabalho por escrito,porque isso o levará a construir uma prática de reflexão.
Se a sociedade quer um ensino com qualidade terá de assumir que isso implica um professor mais bem qualificado e remunerado.

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