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Elogio da Loucura
(Erasmo)

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«Nada há de mais natural para a Loucura que soprar na trombeta da glória e entoar, am pessoa, os seus louvores. Quem me descreveria com mais verdade, se ninguém me conhece melhor que eu própria me conheço? Creio mesmo assim mostrar maior modéstia que certos doutores e nobres que, por perverso pudor, subornam a lisonja de um orador ou a imaginação de um poeta, e pagam para ouvir louvores, ou seja, puras mentiras. Entretanto, o nosso púdico herói pavoneia-se, levanta a crista, enquanto impúdicos aduladores se atrevem a comparar aos deuses a sua nulidade e o apresentam, embora convencidos do contrário, como um modelo perfeito de todas as virtudes; enfeitam a gralha com penas emprestaas, tentam fazer do preto branco e apresentam uma mosca insignificante como se de um elefante se tratasse. Finalmente, empregando um velho provérbio, declaro: se ninguém te louva, louva-te a ti próprio.»

Assim começa o auto-elogio da Loucura, que Erasmo põe a discorrer para dizer loucuras, isto é, a verdade.

De facto, só a Loucura pode, sem medo, dizer a verdade: A verdade sobre papa e bispos; sobre reis e cortesãos; sobre governantes e intelectuais; sobre ricos e excelentíssimos senhores; sobre o próprio leitor.



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