O Guarani
(José de Alencar)
O escritor José de Alencar apresenta em muitas de suas obras a característica do índio como fato marcante e constante no desenrolar da história, assim como um romance confidencial que pode gerar tragédias após ser compartilhado com os demais personagens. Isso se confirma a quem ler o livro Iracema e O Guarani. Em ambos o autor revela a mistura de raças e batalhas entre tais.
Em O Guarani o autor exprime o sentimento de fidelidade à menina Ceci por parte do índio Peri, que jura protegendo-lhe de todo o mal mesmo que isto implique na sua morte. A menina tem grande estima pelo índio, ama-o como se ele fosse o irmão que não tivera.
O índio também é muito estimado pelo pai de Ceci, principalmente pelo fato de saber que peri salvara a menina de situações que provavelmente lhe trariam a morte se sozinha.
A verdade é que Peri, apesar de ocultar, é apaixonado por Ceci. Realiza a todos os seus caprichos e vontades, como por exemplo, caçar uma onça pintada a moça quando esta revela que gostaria de tê-la em seu quintal.
Durante o desfecho todo o bravo Peri cuida da menina, mesmo que a distância, evitando que esta seja seqüestrada por um forasteiro certa noite.
O desenrolar se dá após traições, conflitos, disputas, mentiras, patriotismo e preconceitos.
Ocorre um ataque à casa de Peri, pelos índios aimorés, cujo numero de homens é maior em relação aos moradores da casa, nela ateiam fogo e todos morrem queimados, com exceção do índio e da menina que conseguem fugir.
Este conflito surge quando o irmão de Ceci caçava descuidado, acertou uma índia da tribo matando-a. Como vingança os aimorés espreitavam Ceci para também mata-la, porém Peri que sempre a seguia percebeu os dois e matou-os. Como se não bastasse outra índia viu tudo e correu contar a tribo.
Nas últimas linhas do romance, Alencar descreve uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira.
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