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A mente de um gênio
(Revista Veja)

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Natural que tantos se interessem pelo estudo do cérebro de Einstein, retirado pelo médico-legista após sua morte em 1955. Einstein revolucionou os conhecimentos científicos de sua época, de modo que o funcionamento do seu cérebro desperta grande interesse na atualidade.
O intuito destes estudos é entender de onde vem tanto talento, e até que ponto características anatômicas poderiam influenciar na inteligência de uma pessoa.

    Algumas universidades respeitadas mundialmente realizaram estudos a partir dos 180 fragmentos do cérebro de Einstein. As maiores dificuldades provém de questões elementares, como por exemplo entender o que é a inteligência e onde entre os bilhões de neurônios se deve procurar a origem e mecanismos do cérebro.

    Ironicamente, à primeira vista, o cérebro de Einstein seria uma decepção: O órgão pesa 1230g (menor que a média masculina de 1400g), e seu volume possuía 4cm abaixo da média. Tal fato é justificado, provavelmente, pela idade do cientista quando morreu (76 anos), o que é perfeitamente normal.

    As descobertas mais importantes sobre o cérebro de Einstein provem de 5 pesquisas realizadas nos últimos 25 anos, as quais estão listadas abaixo: 

     *Na mais antiga pesquisa realizada, notou-se que a concentração de células gliais em relação aos neurônios era maior no lobo parietal inferior esquerdo do que nos onze cérebros utilizados para comparação.
O lobo parietal é responsável pela noção do espaço e pelo pensamento matemático. 
    Conclusão 1: O estudo pode sugerir que os neurônios de Einstein necessitavam de mais energia que o normal, daí sua inteligência superior.

     *Comparado com o cérebro de outros 35 homens, o de Einstein era 15% maior e mais largo na parte responsável pelo processamento do pensamento matemático e pela concepção espacial.
Também não possuía os sulcos que separam essa região, o que poderia facilitar a comunicação entre estes neurônios.
    Conclusão 2:  O resultado dessa anatomia diferenciada poderia ser um raciocínio  visual e matemático mais eficiente e inovador.

     *Observou-se também que os neurônios do lado esquerdo do hipocampo (área relacionada com a memória) eram mais longos que os do lado direito, o que sugere uma comunicação mais fácil do hipocampo com o córtex frontal.
    Conclusão 3: Tal característica tornaria Einstein mais capaz de relacionar memórias com raciocínios.  

    *Percebeu-se que o córtex de Einstein era mais fino e denso que o de outros 5 cérebros analisados.
    Conclusão 4: Supõe-se que essa maior densidade esteja relacionada à sua genialidade. 

    *A pesquisa mais recente revela padrões incomuns nos sulcos e fissuras no córtex cerebral, o que sugere que o cérebro de Einstein não era mais eficiente que o de qualquer outra pessoa, mas funcionava de modo diferente.
Identificou-se uma formação incomum. A fissura lateral do córtex (associada a linguagem) geralmente termina com uma pequena curva para cima, enquanto em Einstein convergia para o sulco pós-central, dividindo o cérebro pela metade.
    Conclusão 5: Essa rara característica pode ter causado dificuldades com a linguagem, o que o levou a desenvolver mais o pensamento tridimensional, crucial para a criação da teoria da relatividade.

    Acredita-se que a genialidade de Einstein provenha de uma conjunção de fatores ambientais e genéticos. Ele tinha o potencial mental e estava exposto ao melhor ambiente para desenvolvê-lo, vivendo nas últimas décadas do século XIX, fase de grande efervescência intelectual.
    
    Infelizmente, talvez muitas características importantes não possam ser identificadas devido ao método de preservação utilizados. Resta-nos a pergunta do que poderíamos ter aprendido se o cérebro de Einstein fosse preservado com as técnicas modernas. 



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