Resumo de Titanic - Parte 1 - Luciana Silveira

TITANIC - Parte 1

Quem mandou meu coração
Naufragar por estes mares
E embarcar no Titanic
O mais mal dos meus pesares?
Até a metade da viagem
Tudo seguia tranqüilamente
Dois corações entrelaçados
E com o futuro transparente
A medida que se avançava
O navio por este mar
Tão perto se aproximava o destino
Sem poder se recuar
Aumentem a velocidade
Disse o “bom” capitão
Para chegarmos no tempo certo
Ai! Pobre do meu coração
Foi tão derrepente e tão rápido
Mais parecia uma eternidade
O Titanic bateu e foi afundando
E com ele a felicidade
Entre tantos corações
Não se via nenhuma cor
Apenas aqueles dois bem distantes
Que juravam muito amor...
Acabo de me acordar
E minha cabeça dói
E a única coisa do que me lembro
É a lembrança de um herói
Mas sua imagem não tem rosto
Só tem uma expressão
Que não consigo entender
Mas que prende minha atenção
Quem me era oh meu amor
Se meu herói fosse você
Igual a Jack para Rose
Igual meus olhos ao te ver
Mas do seu choro fui suas lágrimas
Dos sentimentos, a tristeza
Do ódio, a infelicidade
E do coração, sua dureza
Queria eu ser como dantes
Antes de te conhecer
Voltar ser a garota
Que não sonhava com você
Mas agora é inútil
Não consigo te esquecer
E para piorar as coisas
Alguém na minha porta veio bater
Abri ela e não tinha ninguém
Só uma carta ali jogada
Peguei ela devagar
E entrei muito apressada
Em um gesto abri o envelope
E de dentro eu tirei
Um papel com alguns rabiscos
E reconheci a letra dele
Maquinalmente comecei a ler
Os versos escritos naquela folha
E quase não acreditei
E fiquei como uma boba
“O pensamento que você lê
Não deve ser pronunciado
Pois as verdades escritas nele
Só indica que ambos somos culpados
Tua culpa foi me amar
E a minha te corresponder
Queria eu voltar atrás
Para jamais te conhecer
Mas isso não é possível
Não está em minhas mãos
Porque aqui dentro de mim
Só quem manda é meu coração
Contigo acontece o mesmo
Ou tudo isso é falsidade?
Não mintas para mim
Pois só quero a verdade
Não importa como ela venha
Pode até mesmo vir crua
Pode vir como tua pele
Despida, completamente nua
Venha ela como for
Necessito da verdade
Que venha como uma flor
Ou com os espinhos da maldade
Que venha como uma pedra
Mesmo que seja a mais dura
Serei eu a água mole
Que enquanto bate, a pedra fura
Que venha ainda como uma tempestade
Com a maior fúria que tiver
Será você a calmaria
Que chega vestida de mulher
Venha até mesmo se quiser
Numa grande escuridão
Para que você seja a pequena luz
Para iluminar meu coração
A mim não importa
As fantasias e a realidade
Pois a única coisa que eu quero
É saber logo da verdade
Espero sua resposta
Sem demoras nem desculpas
Numa carta ou pessoalmente
Tudo, menos mentiras duras!”
Ao acabar de ler
Aquelas palavras tão fortes
Tive vontade de morrer
Até ser levada pela morte
Minhas lágrimas nela caíram,
Na carta do meu amor
Como a chuva que cai lá fora
Que aumenta a minha dor

CONTINUA NO TITANIC - PARTE 2

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