BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Teoria da Ação Comunicativa
(Jurgen Habermas)

Publicidade
Nessa teoria, Habermas explicita que idéias de verdade, liberdade e justiça estão inscritos na nossa fala cotidiana.
Toda comunicação é mediada por atos de fala entre dois ou mais sujeitos. Nesses atos, participam três mundos: o objetivo, o social e o subjetivo.
Segundo Gilberto Nascimento,
“A teoria da ação comunicativa indica o entendimento lingüístico como mecanismo capaz de coordenar a ação social nas sociedades modernas. Portanto, o entendimento lingüístico implica uma ação subsequente, que logicamente buscará a realização das metas dos participantes. Assim, a ação comunicativa contém também um componente teleológico. O que caracteriza e qualifica a ação comunicativa são os mecanismos de coordenação da ação que ela envolve.
Esta coordenação se dá no sentido de ser o entendimento um processo cooperativo da interpretação de algo no mundo. Habermas fala de ação comunicativa quando os planos de ação dos atores implicados não se coordenam através de um cálculo egocêntrico de resultados, mas mediante atos de entendimento. Na ação comunicativa os participantes não se orientam primariamente ao próprio êxito, antes perseguem seus fins sob a condição de que seus respectivos planos de ação possam se harmonizar entre si, sobre a base de uma definição compartilhada da situação, fato este que a distingue definitivamente da ação instrumental.”
Para compreensão total dessa teoria, é necessária a explicitação de alguns conceitos:
Racionalidade Instrumental: o modo de agir ligado a teleologia, ao princípio de meios-fins. A intenção de alcançar determinado fim com o modo mais otimizado possível, diminuindo perdas. Na racionalidade instrumental há a evidência de poder subjetivo de um sujeito sobre outro. Está ligada também a técnica e científica.
Racionalidade comunicativa: criada e defendida por Habermas, é a capacidade de os sujeitos interagirem em grupo, mediando seus interesses como iguais, coordenando suas ações através do diálogo sincero, no qual todos são ouvidos. Predomina o interesse objetivo do grupo.
Mundo da vida: Composto de três elementos: cultura, sociedade e personalidade. A cultura figura como armazém do saber e está implícito em cada diálogo, podendo variar de uma sociedade para outra – daí a teoria da ação comunicativa não pretender ser universal, mas querendo adequar-se a particularidade de cada contexto. A sociedade são as normas a qual os sujeitos são submetidos (muito referente ao mundo formal de Piaget). A personalidade é o que confere a particularidade de cada indivíduo, qualificando-o ou não em seus atos de fala.
É no mundo da vida que se desenvolve o ambiente propício para a existência do diálogo, ou seja, a racionalidade comunicativa.
Sistema: O sistema é representado pelo Estado e pelo mercado burocrático. É o habitat da racionalidade instrumental. Aí imperam o poder sobre o outro e as diretrizes estratégicas baseadas na relação de meios e fins, nas quais não há preocupação em relação aos sujeitos e suas opiniões.
Colonização do mundo da vida: refere-se à invasão das instâncias do sistema no mundo da vida, ou seja, invasão da racionalidade instrumental onde deve imperar a racionalidade comunicativa. Segundo Habermas, é dessa colonização que surgem todos os problemas sociais do capitalismo.



Resumos Relacionados


- Habermas: Competência Comunicativa

- Direito E Democracia: Entre Facticidade E Validade

- Sociologia De Max Weber

- A Acção Social E Os Saberes

- Adeus Ao Trabalho?



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia