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Mais Estranho que a Ficção
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  Já pensou descobrir ser protagonista do enredo de uma narrativa literária e ao se descobrir como tal saber da iminência da sua morte? O que você faria? Aceitaria passivamente? Viveria intensamente? Ou procuraria quem o escreveu e clamaria um tempo a mais de vida? As respostas estão no genial e despercebido Mais Estranho que a Ficção, que inova na dobradinha Cinema/Literatura por não ser apenas mais uma adaptação de uma linguagem a outra. Por sua própria natureza Mais Estranho que a Ficção vai além disso, une de forma intrínseca as duas artes, e o resultado, se não surpreendente, é fantástico.

O filme trabalha com uma das mais estimulantes funções da Literatura. A mistura entre realidade e ficção é um dos seus pontos mágicos , porque ora tudo é fictício, ora tudo real, e em certo momento não sabemos o que é “verdade” ou “mentira”. No entanto uma coisa não exclui a outra. A exemplo do fazendeiro-leitor de Continuidade dos parques, de Júlio Córtazar, Harold Crick, o herói de Mais Estranho que a Ficção, se vê penso na tênue linha que separa, ou liga, realidade de ficção, e busca desesperadamente as respostas da voz que rege sua vida. O que Crick nos mostra é algo comum na Literatura. Os personagens de qualquer universo literário, se bem construídos, ganham vida própria à revelia de seu criador.

Graciliano Ramos ao começar a escrever o conto Baleia talvez não tenha imaginado que a força vital das personagens transformasse sua obra em um romance. Sir Arthur Conan Doyle dificilmente esperava que o genial Sherlock Holmes ganhasse vida ao ponto de ser tema de museu nem anuviasse seu nome como criador.

O que Mais Estranho que a Ficção nos propõe – além do debate no âmbito da Literatura; do bom divertimento que é assisti-lo; de como a vida deve ser vivida esplendorosamente e da resignação ante o que a vida nos impõe – é se somos parte do sonho de alguém; títeres de Deus; marionetes no joguete do destino ou personagens de uma narrativa literária, cômica ou trágica.



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