Neurónios II
(Mica 68)
O axónio, ao contrário das dendrites, é único no neurónio; todavia, ele pode ramificar-se para originar vários processos. Ele parte do soma, no botão axónico, onde o segmento inicial do axónio emerge e conduz as informações para fora do soma em direcção ao terminal nervoso e às sinapses.
Muitos axónios estão rodeados por uma camada de lípidos, a baínha de mielína, que actua como um isolante eléctrico. Esta possibilita a rápida propagação do potencial de acção sem perda de integridade do sinal. Isto só é possível devido aos intervalos – nodos de Ranvier – na bainha de mielína. Esta é formada por células de Schwann no sistema nervoso periférico e por oligodendrócitos no sistema nervoso central.Os neurónios do sistema nervoso central não são células renováveis, por isso, uma vez destruídas, nunca mais serão substituídas.
Os diferentes tipos de neurónios estão especializados em diferentes tipos de tarefas. Assim, alguns neurónios estão ligados a células receptoras especializadas, capazes de responder a energias distintas como a pressão e/ou alterações químicas ou à luz. Estas células receptoras podem transformar esses estímulos físicos em alterações electroquímicas que por sua vez, levarão o impulso nervoso a desencadear outros neurónios.
Os neurónios que enviam impulsos dos receptores para o sistema nervoso chamam-se neurónios sensoriais. Por vezes, o receptor é uma parte especializada do neurónio sensorial, como é o caso dos neurónios responsáveis pela sensação de pressão na pele. Outros neurónios têm axónios que terminam em células efectoras; por exemplo, existem neurónios que activam a musculatura estriada, os músculos que dominam o esqueleto, como o dos braços e os das pernas. Activam, por conseguinte, a musculatura esquelética, os músculos articulados com o nosso esqueleto.
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