Cal
(José Luís Peixoto)
A simplicidade da vida no campo. Memórias dispersas que se agrupam num misto de lenda e crónica e formam no seu todo a história de uma qualquer aldeia do nosso Alentejo. E sempre a sobreposição entre o real e o fantástico. Aqui, a banalidade das vivências comuns, funde-se com o onírico criando um tempo fora do tempo, um espaço fora do mundo.
Aprendemos acerca das dificuldades e provações por que passam as populações rurais e deixamo-nos absorver pelas histórias que nos são contadas, como se voltássemos a crianças e ouvíssemos histórias de pessoas antigas relembradas pelos nossos avós. E por vezes são contos tão banais como a antecipação e entusiasmo de um dia de aniversário, ou a visita a casa de uma avó. Mas não podemos deixar de nos rever de alguma forma em cada um dos momentos do livro. Há uma nostalgia que envolve cada palavra e apesar da tristeza e dor que muitas das histórias deixam transparecer, há uma beleza imensa que nos permite pintar a paisagem Alentejana vista pelos olhos dos mais velhos.
Cal é como um pequeno baú de tesouros. É uma história fragmentada e por vezes dispersa onde o conto, o poema e a peça de teatro convivem em harmonia, completando-se num mesmo livro.
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