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Picardia intelectual de Cavaco Silva e de José Sócrates realça num evento público de interesse nacional
 
Na tomada de posse do XVIII governo constitucional da República Portuguesa acima de toda a panóplia protocolar e da presença das diversas entidades representativas do estado e parlamento português, a figura do presidente da república e o primeiro-ministro, agora indigitado, mais uma vez destacaram-se premindo nas suas personagens todo o enfoque mediático que um evento deste tipo gera.
Analisar o evento desta perspectiva parece-me uma visão perfeitamente normal de um país democrático e civilizado, no entanto e não querendo eu encarnar a personagem do Velho do Restelo ou mesmo de um pessimista convicto ao estilo português, creio que mais uma vez estes dois dignitários do estado português se realçaram subtilmente pela menor das razões, o que em minha perspectiva deixam motivo de algumas reservas relativamente ao futuro que nos espera.
A onde reside todo este meu cepticismo não é tanto na essência do discurso ou da abordagem que ambas as personalidades fazem aos tempos difíceis que globalmente atravessamos, mas sobre tudo na intenção com que o usam, procurando cada um esgrimir argumentos e tomar posições ideológicas publicamente.
Na verdade o senhor presidente da república, alegoricamente falando, vem forçando um certo grau de parentesco nas relações com nosso primeiro-ministro, vestindo a personagem de um “progenitor político” que utiliza os seus discursos públicos para lançar na opinião pública preocupantes reservas quanto às opções do governo, pretendendo com isto, advertir o primeiro-ministro das consequenciais inerentes à aplicação de algumas políticas que defende.
Este é indubitavelmente um préstimo de consultoria que o primeiro-ministro rejeita peremptoriamente, não só porque transmite fragilidade governativa mas também pelo facto de ser um discurso que cola o presidente aos partidos de direita. Não acredito que a integridade do presidente permita que esta partilha ideológica com a direita seja interpretada com algum tipo de interesse sub-reptício, mas representa uma influência de peso na opinião pública, tendo em conta a representatividade de Cavaco Silva no panorama económico-social do país. Esta conjugação leva facilmente o primeiro-ministro a interpretar as posições públicas do presidente como um contra poder ao governo, algo para o qual não tem demonstrado muita flexibilidade intelectual para encaixar.
O futuro económico e social do país dentro da conjuntura política actual, não me permite perspectivar num horizonte próximo, a estabilidade e crescimento que tanto necessitamos para convergir com os países europeus mais prósperos, e firmo esta análise numa hipotética falta de profundidade de conhecimentos na área económica do nosso primeiro-ministro, a que o presidente da república não se imiscui de sublinhar publicamente.



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