A História de Edgar Sawtelle
(David Wroblewski)
Gostei bastante deste livro, que conta não só a história de Edgar Sawtelle mas também a dos seus pais, do seu tio e avô.
Edgar é um rapaz que nasce numa quinta em que se criam cães. Estes não são cães normais. A herança genética rigorosamente controlada e o treino a que são submetidos pela família de Edgar transformou os cães Sawtelle em cães especiais. A história vai alternando entre a descrição dos procedimentos de Edgar e da sua família para criar estes cães e o próprio drama das suas vidas.
Desde que nasceu, Edgar é mudo (apesar de ter tudo para poder falar) e comunica com os pais através de uma linguagem gestual semi-inventada pelos três.
É um livro muito bem escrito, na minha opinião, e com uma forte carga emocional em alguns momentos.
Gostei também do facto de Almondine, a cadela da família, também contar a sua parte da história. Aqui, ela é praticamente considerada como um membro da família, tomando parte nas tarefas do dia-a-dia. Ela é primeiro a babysitter de Edgar e depois a sua ajudante no treino dos outros cães.
Outros cães também se tornam decisivos na história: Essay, Baboo e Tinder. Estes três acompanham Edgar na sua fuga de casa, quando descobre um terrível segredo acerca da sua família.
O real confunde-se com o fantástico em alguns trechos do livro. Ida Payne, uma simples lojista, consegue mudar o destino das pessoas com base nas suas previsões enigmáticas. Além dela, Edgar consegue comunicar com alguns fantasmas.
Com poucas personagens, Wroblewski criou uma história intricada, mas bela.
O final é, como está escrito na capa do livro, inesperado. Não seria o final que eu escolheria, mas, se assim não fosse, seria mais banal.
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