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Carnaval
(Manuel Bandeira)

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Carnaval, livro de poemas de Manuel Bandeira, publicado em 1919, dá consistentes signos de novas tendências de sua época, como o verso livre, mas mantém contato com a tradição. É relevante mencionar que inclui poemas famosos, como "Os sapos" e "Poema de uma Quarta-Feira de Cinzas".A propósito de “Os sapos”, é fato que Manuel Bandeira não participou pessoalmente da Semana de 22, mas esse poema foi lido por Ronald de Carvalho, o que provocou reações violentas. De fato, os Modernistas perceberam em Manual Bandeira um precursor desse movimento. É tanto que Mário de Andrade o considerava o "São João Batista do modernista brasileiro".Os temas mais recorrentes de seus poemas, em Carnaval, são a solidão, a dor e o medo da morte. Apesar de abrir com uma surpreendente celebração do carnaval, termina em profunda melancolia. A seguir, o poema mais destacado e conhecido dessa obra - "Os sapos":Enfunando os papos,Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra. Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:- "Meu pai foi à guerra!"- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!" O sapo-tanoeiro,Parnasiano aguado,Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado. Vede como primoEm comer os hiatos! Que arte! E nunca rimoOs termos cognatos. O meu verso é bomFrumento sem joio.Faço rimas comConsoantes de apoio. Vai por cinqüenta anosQue lhes dei a norma:Reduzi sem danosA formas a forma. Clame a sapariaEm críticas céticas:Não há mais poesia,Mas há artes poéticas..." Urra o sapo-boi:- "Meu pai foi rei" - "Foi!"- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!" Brada em um assomoO sapo-tanoeiro:- "A grande arte é comoLavor de joalheiro. Ou bem de estatuário.Tudo quanto é belo,Tudo quando é vário,Canta no martelo." Outros, sapos-pipas(Um mal em si cabe),Falam pelas tripas:- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!" Longe dessa grita,Lá onde mais densaA noite infinitaVerte a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo,Sem glória, sem fé,No porão profundoE solitário, é Que soluças tu,Transido de frio,Sapo-cururuDa beira do rio...



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