O VIAJANTE E O SÁTIRO - FÁBULAS
(ESOPO)
Sátiro é um ser mitológico das crenças antigas, meio cabra e meio gente, gênio das selvas, cópia do deus Pã que tocava flauta. Enfim, um ser imaginário sem maldade, natural. Conta Esopo que um viajante convidou um Sátiro para ser seu amigo no trajeto da Floresta e este aceitou. O tempo estava frio e o viajante soprava o calor do seu hálito "para aquecer as mãos" como explicou para atender a curiosidade do Sátiro. No jantar, a comida servida pelo estalajadeiro era muito quente e o viajante também assoprava o caldo na colher... "Para que fazes isso?" "Para esfriar a comida!" Retruca o Sátiro: "Amigo! Nossa amizade acaba aqui! Boca que assopra quente e assopra frio conforme suas conveniências, não merece crédito, pois não saberei quando estarás mentindo! Adeus! A mim você não vai enganar!" ANÁLISE - Pois é isso! Já contamos outra fábula de Esopo onde a Raposinha aprende com a Raposa Velha que elas podem fazer assim, pois são "inteligentes". Na Suméria, o conto é mais ou menos do avesso, pois é um ser sombrio das matas e da noite que explica ao Viajante como fazer para aquecer as mãos no frio e depois esfriar um caldo quente usando seu próprio sopro. Lá, o Obscuro propõe que ele ajude as Sombras em paga de tal informação, fazendo outros homens caírem em ciladas falando "quente ou frio", "alto e baixo", "sim e não", "noite e dia", pela mesma boca, conforme sugerissem as Sombras e parecesse conveniente. E os mestres sumerianos completavam sua parábola avisando que os homens corrompidos pelas Sombras se multiplicariam em grande quantidade e os Homens Originais e sérios se tornariam minoria um dia... Bem! Você diz que entendeu, e ainda assim acredita em políticos?
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