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O Nome da Rosa
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Um monge de nome William de Baskerville, que na história representa a “razão filosófica”, e seu “aprendiz” Adso Von Melk, chegam ao mosteiro dispostos a participar de uma reunião para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, no entanto, começam a ocorrer assassinatos estranhos e a atenção é desviada por parte de Baskerville, que preocupado com tais acontecimentos, começa então a investigá-los de forma surpreendente, o local se tornou conflituoso, e o medo se espalhou pelos religiosos, que acreditavam que tudo era trabalho do diabo. Porém, insatisfeito com a idéia de que o diabo tinha participação direta, William de Baskerville antes de tirar suas conclusões sobre tais acontecimentos, fica surpreso ao saber que um dos “chefões” da igreja chamado Bernardo Gui, chega ao mosteiro para dar sua parcela de contribuição no desvendamento dos misteriosos assassinatos e com disposição para torturar qualquer pessoa suspeita de trabalhar para o demônio. No entanto, ele não gosta de William de Baskerville, e o coloca no topo da lista dos suspeitos hereges influenciados pelo demônio. Aí então começa uma guerra ideológica entre os dois. Contudo, William de Baskerville desvenda a origem dos assassinatos sobre os quais fixou-se em desvendar, eles foram originais das mãos de Jorge de Burgos, que cuidava atenciosamente e duramente da biblioteca do mosteiro, onde o acesso era restrito. Os assassinatos eram praticados em favor da proteção de obras literárias e religiosas proibidas, e quem tentava ler, era posteriormente morto pelo veneno fixado nas páginas das obras. O filme também aproveita para criticar o abuso sexual, os conflitos entre igreja e heresia, a dominação e o poder exercido pela igreja católica sobre os demais. O título escolhido: “o nome da Rosa” era uma expressão usada na Idade Média que servia para denotar o infinito poder das palavras e este é o ponto principal da estória, pois a igreja tenta a todo custo “apagar” as palavras de Aristóteles, um filósofo extremamente conceituado pelo clero pelo fato da igreja ter assumido o sistema cosmológico do grego, que colocava que o universo era composto de duas regiões: o céu e a terra. Teoria esta que se afinava com o Gênesis bíblico. Aristóteles passou a ser figura respeitável do clero quando São Thomas de Aquino, uma expoente figura da teologia cristã inseriu no cristianismo a ciência e a filosofia de Aristóteles, passando inclusive a ser chamado por muitos do clero como “O Filósofo”, portanto, contrariar Aristóteles era o mesmo que contrariar as sagradas escrituras. Aristóteles que era até então “usado” pela igreja passa a ser um “problema” quando é descoberto o segundo volume de uma obra sua sobre a Poética que tratava da comédia. Vale a pena ressaltar que a existência desta obra não é comprovada até hoje por um destes dois motivos: ou nunca foi escrita ou então foi queimada no incêndio da Biblioteca de Alexandria. O suposto segundo volume da obra de Aristóteles pregava a natureza boa e cognitiva do riso, fato que era inaceitável para a igreja na Idade Média que ligava o riso ao diabo, e a obra sobre a comédia dizia ser o riso e a sátira remédios milagrosos e que a representação exagerada dos defeitos, vícios e fraquezas purificava as paixões, como acontece num processo de catarse. Muito interessante é o uso do exagero dos defeitos, do feio, dos vícios pelas personagens do filme, não ficando nenhum dos 7 pecados capitais de fora desta exposição exagerada (a gula, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, o orgulho e até a preguiça através da vida contemplativa e também sustentada dos monges). Porém a igreja temia que o riso fizesse o povo deixar de temer o diabo e além da questão ideológica ser ferida também seria diminuído o poder da igreja, pois esta era a “única” defensora dos mortais pecadores diante das artimanhas do demônio e da fúria implacável de Deus. No filme, o monge William é apresentado como um homem de idéias e procedimentos avançados para a época, pois traz consigo dois instrumentos: o astrolábio (instrumento usado pela astronomia que tem como uma de suas utilizações a redução dos erros acidentais por parte do observador, o que nos permite aqui um significado simbólico para a aparição deste na estória) e um quadrante (outro instrumento da astronomia e que é a quarta parte de um círculo e que buscando uma analogia representa as 2 teorias do cosmos: o círculo deitado é a teoria de que a terra é plana como pregava a igreja, e o quadrante ao ser utilizado era o círculo em pé movimentando-se pelas estrelas que era a teoria heliocêntrica preconizada por Galileu e Giordano Bruno, sendo este último queimado na fogueira pela Inquisição). Estes instrumentos eram usados pelos mouros e era desconhecido pela maioria dos cristãos.



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