O FILHO DO LAVRADOR E A SERPENTE - fábulas
(ESOPO)
O filho do Lavrador morreu ao ser picado por uma Serpente. Este chorou muito e pegou o machado para matar a Serpente. Ficou à espreita do buraco onde ela se escondia e desferiu violento golpe ao vê-la assomar. Errou a machadada, fendendo a rocha ao lado. Depois disso, achou melhor apaziguar a víbora por meio de um acordo. Ela, porém, respondeu: "Não poderei ser benevolente contigo ao contemplar a rocha que fendeste, nem tu o serás comigo ao contemplar o túmulo de teu filho". Moral, conforme os tradutores: Há inimizades que são irreconciliáveis. ANÁLISE - As Serpentes das Sombras picaram o homem que havia sido criado para não morrer, como conta Moisés no Gênesis, onde ensinaram a comer o que não deviam e os homens originais corrompidos passaram a morrer, concluindo - "E porei eterna inimizade entre as descendências das cobras e a descendência de Eva". Como podem os homens fazer propostas de acordo com as Trevas? Nesta parábola de Esopo, até as Sombras se riem dessa filosofia que elas nos sugerem para que aceitemos que o Mal e o Bem são normais vivendo ambos dentro de nós! Até elas, Serpentes, nesta fábula falam bem alto: "Não seremos benevolentes com quem vai um dia acordar, ao contemplar os túmulos dos Filhos dos Homens, e recordar que foram as Serpentes das Sombras que os fizeram morrer". CONCLUSÃO - E ainda há gente que não entende o Apocalipse que garante que vamos viver eternamente depois de sermos libertos das Sombras?
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