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Inaugurando “maquete” do desespero
(Estefano Irineu Anzoategui)

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Um fato que se tornou comum em todo o Brasil e no mundo é a inauguração de obras em ano eleitoral, mesmo porque as obras são a “prova inconteste” da atuação do político que se despede do cargo e quer garantir a continuidade do seu trabalho através da eleição do seu escolhido. Políticos de todos os matizes utilizaram de todos os meios para garantir a popularidade. No Brasil, o ex-presidente Janio Quadros se notabilizou por seus bilhetes e pela sua forma de se misturar ao povo. Sempre perto do almoço o ex-presidente, quando governava São Paulo, costumava visitar os canteiros de obras e como chegava sempre no intervalo, pegava os trabalhadores almoçando uma marmita fria. Não se fazia de rogado e mandava buscar um sanduíche de mortadela, sentava-se no meio-fio e saboreava o alimento como se estivesse comendo o mais saboroso dos banquetes. Com isso garantia a simpatia popular que fazia graciosamente a propaganda do “desprendimento do governador”.
Os tempos mudaram, os veículos de comunicação proliferaram, os meios mudaram e com isso o governador de São Paulo, pré candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) resolveu inovar para tentar reverter o quadro que já se apresenta desfavorável. Ninguém sabe como a idéia surgiu; se foi o governador ou algum assessor que lhe impingiu, mas o fato do ano foi uma inauguração sui generis, a inauguração de uma maquete de uma ponte que ligará Santos ao Guarujá. Todo o aparato de governo foi mobilizado para garantir “audiência a tão solene inauguração”, mas a obra sequer foi licitada e já apresenta um acréscimo de valor. Saltou de R$ 500 para R$ 700 milhões, coisa pouca em fim de governo que inaugura até maquete para estar na mídia.
Muitos poderão dizer que o ato político não é um sinal desesperado de tentar reverter uma situação incomoda. Serra que em 2009 ostentava 48% da preferência nacional para a presidência da República viu suas chances diminuírem com o crescimento da candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT) que abraçou definitivamente Dilma Rousseff que começou a aparecer timidamente nas pesquisas e hoje é a preferida dos eleitores brasileiros nas pesquisas espontâneas.
A decadência do candidato tucano se acentuou depois que seu principal adversário interno, o governador de Minas Gerais, Aécio se retirou da disputa e não aceitou ser coadjuvante na composição da chapa presidencial do PSDB. Essa posição mostrou um partido dividido, situação que se repete em outros cantos do País. Aqui no Paraná o partido também vai realizar sua convenção dividido, depois que o prefeito de Curitiba Beto Richa articulou e derrubou as pretensões do senador Álvaro Dias de concorrer novamente ao cargo máximo do executivo estadual. Apesar de não afirmar, é certo que nos bastidores o senador irá apoiar a candidatura do senador Osmar Dias, que é seu irmão. Apesar de ser um crítico feroz do governo Lula, Álvaro vai se ombrear ao irmão, que já tem praticamente assegurado o apoio do PT ao cargo em disputa. Dessa forma, nos bastidores até o senador de oposição deverá trabalhar pela eleição de Dilma Rousseff e as demais candidaturas do PT ao Senado e a Câmara Federal.



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