Empatia. Da tática à arte!
(Luiz Carlos Fernandes Navarro)
Psicologicamente, empatia é a tendência para sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstâncias experimentadas por outra pessoa. Segundo Stephen Covey, “a atenção empática entra dentro do quadro de referência da outra pessoa. Se olhar para dentro, vê o mundo como ela o vê compreende o seu paradigma, compreende o que ela sente”.No perfil das competências de qualquer profissional, é imprescindível a atitude da empatia, principalmente quando este profissional atuará no contato com as pessoas. Esta prerrogativa é bem clara entre aqueles que atuam em treinamento e desenvolvimento de pessoas.A minha intenção aqui é provocar, portanto quero enfocar o aspecto evolutivo da empatia, ou seja, ela é congênita ao indivíduo ou requer conhecimento e habilidade especiais?Fazendo uma análise filogenética, da empatia, identificamos em algumas espécies como o camaleão, a borboleta, etc. o fenômeno conhecido como mimetismo, que consiste em tomarem a forma, a cor e a configuração dos objetos em cujo meio vivem. Esta é uma tática, que estes animais desenvolveram, para se defenderem dos predadores, e assim garantirem a sua sobrevivência e a perpetuação da espécie.O homem primitivo tinha como desafio básico vencer o processo de seleção e, com a sua percepção aguçada, adaptou o mimetismo e aprendeu a camuflar-se para tornar-se invisível nas suas caçadas e nos campos de batalha.O homem evoluiu, desenvolveu a sua inteligência, e a tática da camuflagem cedeu lugar à simpatia, ainda um atributo do sistema nervoso simpático, então ele domesticou a sua caça e estabeleceu alianças com seus concorrentes na cadeia alimentar, e aproveitou melhor o ambiente. O homem seguiu a sua evolução, automática, tornando-se a espécie mais numerosa do planeta, em conseqüência o seu espaço e o tempo foram virtualizados, a comunicação em todas as suas dimensões tornou-se uma necessidade básica para garantir a permanência na sua escalada evolutiva, agora mais consciente. As relações humanas foram globalizadas, gerando uma migração intercontinental de milhares de pessoas, provocando verdadeira miscelânea cultural em todos os setores da sociedade. No mundo corporativo não foi diferente, e esta tendência impulsionou a fusão de grandes grupos econômicos. As empresas pareciam-se mais como a torre de babel, o que despertou o interesse e a necessidade de conhecer a forma como as pessoas se inter-relacionavam com os seus pares, ou seja, a sua habilidade empática. Esta sim uma arte essencial, certamente um diferencial competitivo para o profissional e as empresas que reterem este talento humano.
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