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Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
(Luis Augusto Rohde; Genário Barbosa)

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  Hiperatividade
 
A hiperatividade é constantemente diagnosticada em pacientes que não a possuem.Dependendo da fase em que a criança e/ou adolescente está é comum que ela se apresente mais inquieta e menos atenciosa,não estando presente nenhum processo patológico.
As relações familiares, discussões entre os pais e responsáveis, mudanças no ambiente familiar ou perda de entes queridos frequentemente leva o paciente a apresentar comportamentos fora do seu comum, que pode vir a ser uma forma de chamar a atenção .
Até pouco tempo não se ouvia falar deste distúrbio,e como uma palavra nova passou-se a utilizá-la indiscriminadamente.
Na tentativa de evitar enganos a partir de 1987 esta foi designada como déficit de atenção-distúrbio de hiperatividade (DADH) .Em 1991 o DSM-IV distribuiu as manifestações da DADH em dois grupos:desatenção e impulsividade/hiperatividade.
Para nós aqui, o mais importante é discutirmos acerca do segundo grupo: impulsividade/hiperatividade (TDAH).
 
Conceito
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses problemas resultam de um desenvolvimento não adequado e causam dificuldades na vida diária.
O TDAH é um distúrbio bio-psicossocial, parece haver fortes fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais que contribuem para a intensidade dos problemas experimentados.
Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas pessoas. Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou evitado.
Até algum tempo atrás, pensava-se que os sintomas do TDAH diminuíam com a adolescência. As pesquisas mostraram que a maioria das crianças com TDAH chega à maturidade com um padrão de problemas muito similar aos da infância e que adultos com TDAH experimentam dificuldades no trabalho, comunidade e com suas famílias. Também há registros de um número maior de problemas emocionais, incluindo depressão e ansiedade.
Subtipos de TDAH
Pacientes por mais de 6 meses apresentando: 
1.    TDAH - tipo desatento - pelo menos, seis das seguintes características:
·         Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado.
·         Dificuldade em manter a atenção.
·         Parece não ouvir.
·         Dificuldade em seguir instruções.
·         Dificuldade na organização.
·         Evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado.
·         Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade.
·         Distrai-se com facilidade.
·         Esquecimento nas atividades diárias.
2.    TDAH - tipo hiperativo/impulsivo - a pessoa apresenta seis das seguintes características:
·         Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
·         Dificuldade em permanecer sentada.
·         Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há um sentimento subjetivo de inquietação).
·         Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente.
·         Fala excessivamente.
·         Responde a perguntas antes delas serem formuladas.
·         Age como se fosse movida a motor.
·         Dificuldade em esperar sua vez.
·         Interrompe e se intromete.
 
3.    TDAH - tipo combinado - é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.
4.    TDAH - tipo não específico; a pessoa apresenta algumas características mas número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.
Causas
 
A causa do TDAH geralmente é relacionada a toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos ou malformação, problemas familiares e hereditariedade,geralmente por estes fatores influenciarem no funcionamento do cérebro e, como tal, o TDAH pode ser considerado um distúrbio funcional do cérebro.
Pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo. Esses estudos estruturais e metabólicos, somados a estudos genéticos e sobre a família, bem como a pesquisas sobre reação a drogas, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico. Apesar da intensidade dos problemas experimentados pelos portadores do TDAH variar de acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH.
 
Tratamento
 O tratamento de crianças com TDAH exige uma intervenção multidisciplinar incluindo:


Treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e em desenvolvimento de estratégias de controle efetivo do comportamento;
Um programa pedagógico adequado;aconselhamento individual e familiar, para evitar o aumento de conflitos na família;
Uso de medicação, quando necessário.Os mais utilizados são os psicoestimulantes; 70% a 80% das crianças e dos adultos com TDAH apresentam uma resposta positiva. Esse tipo de medicamento é considerado “performance enhancer”. Portanto, eles podem, até certo ponto, estimular a performance de todas as pessoas. Mas, em razão do problema específico que apresentam, crianças com TDAH apresentam uma melhora dramática, com redução do comportamento impulsivo e hiperativo e aumento da capacidade de atenção. 

 A maioria das crianças com TDAH pode permanecer na classe normal, as crianças com problemas mais sérios exigem salas de aulas especiais.
Os adultos com TDAH apresentam resposta aos estimulantes e outros medicamentos semelhante à das crianças. Eles também podem se beneficiar aprendendo a estruturar seu meio ambiente, desenvolvendo hábitos organizacionais e procurando um aconselhamento profissional. 
 
Prognóstico
 
Crianças com TDAH estão sujeitas ao fracasso escolar,  dificuldades emocionais e  um desempenho significativamente negativo como adulto quando comparadas a seus colegas. No entanto, a identificação precoce do problema, seguida de tratamento adequado, tem demonstrado que essas crianças podem vencer os obstáculos. 
 



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