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Ser original mesmo sendo clichê - Um desafio (O segredo)
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Com certeza o grande acerto, em se tratando de entretenimento e cultura, é fugir dos clichês. Infelizmente isso é quase impossível hoje em dia, mesmo a idéia mais original é infectada com algum tipo de influência que gera aquela sensação de “Já vi esse filme”. A solução talvez seria apresentar o clichê de forma original, difícil? Tarefa de Hércules na verdade, quando alguém o faz surge então algo significativo.
O filme "O segredo" é um exemplo perfeito disto. O filme é uma refilmagem do filme japonês "Himitsu" e é brilhantemente dirigido por Vincent Perez. Tem tudo para convergir ao clichê, partindo do nome até o fato de ser refilmagem de um filme asiático, mas não é assim.
O filme conta a história da família Marris, onde Hannah (Lili Taylor, de "A casa dos bebês" e "O impostores") e a filha Samantha (Olivia Thirlby, de "Juno"), convivem com problemas comuns na relação entre mãe e filha, com discussões e afastamento mútuo.
A propósito, quem viu Olivia, fazendo um suave e hilário papel em "Juno" tem a possibilidade de perceber neste filme todo o potencial da jovem atriz. A rotina das duas sofre uma reviravolta quando um acidente de carro deixa as duas em risco de morte. No hospital o pai, o oftalmologista Benjamin (interpretado por David Duchovny, de "Arquivo X, eu quero acreditar" e "Coisas que perdemos pelo caminho"), assiste mãe e filha terem, quase que simultaneamente, uma parada cardíaca. Os médicos conseguem manter Sam viva, mas a mãe é declarada morta.
Quando a adolescente acorda, logo percebe-se que algo está errado, ao pedir à Benjamim um espelho, Hannah constata que está agora no corpo da filha. E nesse momento entraria o clichê, afinal quem não se lembra de "Se eu fosse você" e "Garota veneno", poderíamos até mesmo chamar o filme de uma versão bizarra de "Sexta-feira muito louca". Mas o filme é conduzido, a partir daí, de forma intrigante e tocante.
Em sua busca para descobrir o que aconteceu à alma da filha, Hannah se vê ainda obrigada à provar ao marido o acontecido, algo que leva algum tempo, e lidar com os segredos incômodos da filha. Confiante de que Sam voltará ao próprio corpo em algum momento, Benjamim decide que Hannah deve conduzir o mais normalmente possível a vida da filha. Hannah se vê então obrigada à voltar a frequentar a escola, lidar com adolescentes e descobrir que sua filha usava drogas, tinha uma tatuagem, relacionamentos casuais com vários garotos e que até mesmo disse aos amigos que desejaria que a mãe morresse. Além de conviver com a desagradável descoberta da vida da filha, Hannah também, através do diário da menina, descobre o que Sam sentia e pensava, e experimenta a pressão por parte de professores e amigos.
Já Benjamim luta com o conflito de ter a mulher que desejava no corpo da própria filha, enquanto não assimilando isto, Hannah, deseja manter com ele o mesmo relacionamento dos últimos anos. Um dos momentos tocantes do filme é quando Benjamim, em uma discussão, diz que quer a filha de volta, e Hannah então devolve: "E o que você acha que acontecerá quando ela voltar? O que acontecerá comigo?" Surge então a questão para dividir o marido, uma das duas será perdida, qual delas?
O filme pertubardor e tocante tem um final comovente e é a prova de que o velho clichê de troca de almas (assim como quase todos os clichês) pode ser apresentado de forma inovadora e bela e ainda assim atrair o público.



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