Gansa DE OVOS DE OURO E PRATA - mitos e fábulas
(ESOPO)
Dentre as muitas versões, esta é a original da Babilônia, que reconstituímos com três textos. Será que é daí que saíram as outras? O Rei-deus agraciou uma família honesta de boa índole, com uma espécie de gansos (não havia galinhas nessa época) os quais lhes dariam ovos com casca de ouro ou de prata. Chocavam a ninhada ao começo da primavera. Eram alimentados com cristais, supomos de blenda, no meio do trigo com uma pitada de pó das cascas de ouro do ano anterior e as Gansas punham ovos com casca de ouro até o fim do verão. Daí ao inverno teriam que dar-lhes pó de bronze e uma pitada do pó da prata do ano anterior com trigo ou cevada e punham ovos com casca de prata até o meio do inverno. Viveram muitos anos sem preocupações nem de carne, nem de ovos, nem de ouro e prata para vida tranqüila. Quando o casal faleceu, os filhos relaxaram nos cuidados e as Gansas passaram a não produzir mais ouro nem prata. Eles comeram os gansos todos e ficaram sem nada por preguiça de cuidar das aves. Moral – A preguiça é a mãe de todas as misérias. Quem não cuida do que tem, não espere colher os frutos. REVISÃO – Esse é o problema de hoje! O sistema dos Banqueiros recebe como sua a “Criação de Gansos de Ovos de Ouro e Prata”, capazes de produzir riquezas sem fim. Devora tudo e esconde o ouro todo sem dar nenhum retorno. Entretanto, é necessário alimentar essa criação com corretos retornos a quem produz. Como não o faz, por preguiça, avidez e desprezo pelos seus semelhantes e pelo dia de amanhã, estão exterminando ou deformando a produção. Teremos que tirar-lhes o poder de mando que se arrogaram, pois ainda é tempo de conservar as dádivas divinas que os deuses nos deram.
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