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Mapeando o Pós-Moderno
(Andreas Huyssen)

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Em praticamente toda a discussão em torno do pós-modernismo, uma forma de pensamento quase consensual tem dominado a cena: ou se afirma que o pós-moderno é uma continuação do moderno ou se defende que existe uma ruptura extrema, uma quebra em relação ao modernismo. Ao questionar a legitimidade desse modelo dicotômico de pensamento, Jacques Derrida deu uma de suas maiores contribuições no âmbito da desconstrução. Essa é uma das muitas assertivas de Andreas Huyssen em “Mapeando o Pós-Moderno” (in: HOLANDA, Heloísa Buarque. Pós-modernismo e política. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. p. 15-80), cujo objetivo não é oferecer uma definição para o que é pós-modernismo, mas, estabelecendo o caráter relacional do pós-moderno, explicitar a pluralidade de discursos que ele perpassa desde os anos 60. Huyssen, portanto, produz um ensaio em que oferece um mapeamento desse fenômeno histórico e cultural, no qual as várias práticas artísticas e críticas de várias partes do mundo encontram seu abrigo estético e político. Trata-se também de um projeto de resistência a uma noção de pós-modernismo fácil e do “vale tudo” ou a outra visão de um projeto totalizante e coletivo.De qualquer modo, além de fazer um contraste entre o pós-modernismo americano e o europeu, com ênfase para o primeiro, e de sintetizar as idéias de Habermas sobre o pós-modernismo, problemantizando-as em várias páginas de seu texto, Huyssen destaca quatro grandes características da fase inicial do pós-modernismo, a saber: 1) uma imaginação temporal que denunciava um grande sentido do futuro e de novas fronterias, de ruptura e de descontinuidade, de crise e de conflito de gerações; 2) um ataque iconoclástico contra a “arte institucional”; 3) muitos dos primeiros defensores do pós-modernismo comungavam da atitude otimista em relação à vanguarda tecnológica dos anos 20; e 4) uma tentativa intensa de dar valor à cultura popular como um desafio aos cânones da grande arte, modernista ou tradicional. De modo semelhante, oferece quatro fenômenos dos anos 80 que, em seu entendimento, eram e permaneceriam por longo tempo constitutivos da cultura pós-moderna: 1) a cultura da modernidade tinha sido também uma cultura de imperialismo interno e externo que estava sendo contestado política, econômica e culturalmente; 2) o feminismo estava oferecendo as condições para o surgimento da mulher como força de criação e de autonomia na esfera das artes, da literatura, do cinema e da crítica; 3) durante os anos 70, a ecologia e o meio ambiente tinham deixado de ser uma política localizada para se metamorfosear em uma grande crítica da modernidade e da modernização; e 4) havia uma crescente consciência de que outras culturas, não-européias, não-ocidentais, deveriam ser analisadas por mecanismo que não os da conquista e da dominação.Em suma, trata-se de um texto antológico para quem se dedica a estudar o pós-moderno.



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