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Ideologias e a vida de todo dia – Parte 1
(João Ubaldo Ribeiro)

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O ser humano gosta de convencionar os fatos e coisas, ou seja, estudar, medir e dar nome a tudo. Por isso, a palara ideologia faz parte da vida de todos nós, mas não nos damos conta, pois, a luta diária pela vida nos faz esqueçer ou perder a oportunidade de aprender a convencionar e estudar seu sentido e o fato de que todos nós, de qualquer forma, somos políticos. Não entendemos de algumas áreas específicas do conhecimento, pois, só o estudo profundo delas pode oferecer informações para que possamos designar nomes e raciocinar sobre seu funcionamento. Mesmo assim, essas áreas vão se aperfeiçoando através de novas decobertas e convenções, e isto implica em estudar continuamente sobre o assunto, mesmo depois de ter concluído a faculdade. Estudar significa pensar, questionar. E a cada nova questão proposta surge uma resposta e uma nova dúvida: uma pergunta leva à outra. Por isso, nós, pessoas comuns, muitas vezes não nos interessamos em conhecer a fundo sobre certos temas, e vivemos a vida mentalmente acomodados. A palavra ideologia nos remete a pensar em algo muito difícil de se compreender e aplicar, mas ela está na nossa vida de maneira muito forte. Em poucas palavras, é a lente através da qual vemos o mundo político. Pessoas de classes sociais diferentes enxergam política de maneiras muito diferentes. É este o ponto central da questão. Uma ideologia se origina de uma teoria, e ela não pode conceber o mundo de maneira igual para todos, ou totalizar. Numa luta de classes sociais, por exemplo, os dominantes querem conservar sua ideologia, logo, são conservadores, e os escravos querem romper com ela, logo, são reivindicadores. Uma ideologia, pode defender, por exemplo, que numa sociedade, homens superiores com mais força, habilidade e inteligência, se impõe sobre os demais, e é um fato natural, impossível fugir dele. Além disso, a escravização dos mais fracos seria normal, pois, o destino deles seria a exterminação, e, trabalhando em benefício dos mais fortes o escravo estaria colaborando com meios de garantir sua própria sobrevivência. De acordo com esta ideologia, cada um está fazendo seu papel naquele sistema social. Se começarmos, por outro lado, a estudar, questionar essa ideologia, será impossível achar uma resposta para concluir o raciocínio. Também seremos forçados a ser mais críticos, e por fim, acabaremos por descobrir a maneira pela qual esta ideologia se instala na nossa vida de maneira sutil e sorrateira: mesmo que atualmente não existam escravos como no século passado, essa ideologia ainda faz parte do nosso cotidiano em pequenas situações das quais não nos damos conta.

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