Voz
(Benute Santos)
Evidentemente, a voz é de fundamental importância, porém, é melhor calar-se do que falar mais do que deveria. Palavras malcolocadas, pode destruir toda uma boa imagem que alguém possa ter construído durante toda a vida. E isso muitas vezes, ocorre não por maldade, mas sim, por desconhecimento satisfatório do assunto em pauta.
Em algumas atividades, têm-se a voz mas não se tem voto. Por exemplo, em assembléias de condomínio, existe pessoas que podem falar, mas não têm poder de voto - são os inquilinos. Isso ocorre também em partidos políticos. Nas reuniões partidárias, tudo se discute e se registra, mas as decisões não são executadas; isto porque, a competência da execução pertence a quem está no poder. O partido tem voz, mas nem sempre tem voto. A voz da imprensa não dá direito a voto, mas é de fundamental importância na formação da opinião pública. Uma manchete pode informar que há falta de determinado medicamento nas unidades de saúde,. Entretanto, não consegue melhorar o atendimento aos pacientes.
O presidente Luiz Inácio figura diariamente nas manchetes da imprensa. O mesmo tem voz no exterior, mas deixa dúvidas sobre direitos humanos. Essa afirmação foi feita pela Anistia Internacional. A voz aqui mencionada, se refere ao diálogo que o Brasil vem mantendo com as ditaduras, chegando a quebrar estruturas de poder das grandes potências. Ocorre porém, que o porta-voz Luiz Inácio só tem voz. Voto até tem, mas o que vale mesmo, está em poder somente das grandes potências. A voz do nosso presidente roda o mundo.Foi ao Cazaquistão, Líbia e, em Cuba, deixou um preso morto. Há poucas semanas atrás, foi ao Irã, onde chegou a fechar um acordo nuclear. Segundo manchete da Folha de São Paulo, o pacto Brasil-Irã seguiu roteiro traçado por Obama; mas, alguma coisa saiu do roteiro e provocou a ira das grandes potências.Teria sido uma palavra malcolocada?
Essa palavra malcolocada pode ter sido intencional. A voz do presidente Luiz Inácio é ousada: deseja colocar o Brasil em igualdade de condições com a comunidade formada por grandes potências, ou seja, ser ouvido e ter voto. Neste caso específico de acordo atômico, foi para medir forças ou teria sido simplesmente para se manter nas primeiras páginas? Voz teve, mas voto, que é o que vale, parece não ter.
Nós pagamos tantos impostos e agora, infiltrando-nos em acordos atômicos internacionais, as nações podem ser induzidas a pensar que somos ricos, quando na verdade, nós não temos domínio sobre energia atômica. O Brasil não tem dinheiro para reajustar a aposentadoria, mas pode proteger outros povos, mantendo mais de dois mil soldados a serviço da ONU, tudo custeado com dinheiro público.
O Estado falha com as responsabilidades que lhes são cabíveis e se compromete com a política externa. Quem fala mais do que deve, deveria não ter voz e também não receber voto.
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