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A influência da mídia e da indústria da beleza
(Glauco da Costa Knopp)

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Glauco da Costa Knopp discute a influência do marketing e da mídia de massa, especialmente a televisiva, na formação de estereótipos e padrões estéticos e seus reflexos sobre o autoconceito (a auto-percepção), a autoestima e a mitificação do corpo no contexto social brasileiro. Seu artigo tem um título longo, que serve quase como resumo: “A influência da mídia e da indústria da beleza na cultura de corpolatria e na moral da aparência na sociedade contemporânea” (IV ENECULT - Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura. Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-Bahia-Brasil, 2008).Knopp toma a beleza como um valor relacionado à civilização e à preocupação com a corporeidade e a considera um dos aspectos mais fundantes da modernidade. Como herança moderna, portanto, a análise dos impactos desse conceito de beleza – ou de uma moral da aparência – na contemporaneidade é relevante para se pensar o fenômeno da atratividade física. A indústria midiática e a publicidade, em parceria com a indústria da corpolatria, dão reforço e estímulo ao culto do corpo na sociedade contemporânea. Cirurgias plásticas, academias de ginástica, alimentos light/diet e cosméticos são a via de conquista da propagada perfeição estética e da atração pela aparência. Essas práticas sociais são usadas como mecanismos de socialização, competição e poder. Quanto à moral da aparência, é importante considerar sua construção no discurso midiático, e reforço no imaginário social, no que se refere a todo um espectro de estereótipos corporais e a apologia ao consumo. Há uma motivação manipuladora do indivíduo por parte da mídia e da indústria da beleza, que se reforçam reciprocamente. Desse modo, vez que o corpo é usado como um instrumento de poder, Knopp questiona até que ponto o sujeito não se transmuta em uma mercadoria. Trata-se de uma reflexão de interesse comum a todos os estudiosos dos fenômenos da comunicação e à comunidade em geral, visto que o objeto de sua análise abrange os pólos produtores e receptores de produtos midiáticos e industriais.



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