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Irena Sendler - Heroína do Gueto
(Wikipedia)

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A Mãe das crianças do Holocausto “ A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade. ”

Sendler nasceu a 15 de fevereiro de 1910 e faleceu a 12 de maio de 2008, conhecida como "o anjo do Gueto de Varsóvia." Ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial, tendo contribuído para salvar mais de 2.500 vidas (tirando bebês, crianças e adolescentes) ao levar alimentos, roupas e medicamentos às pessoas presas no gueto, com risco da própria vida. Irena permaneceu relativamente desconhecida na Polônia, à semelhança de Oskar Schindler, que morreu na pobreza, mas que seria imortalizado no cinema pelo cineasta Steven Spielberg no filme "A Lista de Schindler".

Quando os alemães invadiram a Polônia em 1939, Irena era enfermeira no Departamento de bem estar social de Varsóvia, que organizava os espaços de refeição comunitários da cidade. Trabalhou incansavelmente para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, tanto judias como católicas. Graças a ela, esses locais proporcionavam comida para órfãos, anciãos e pobres e ainda lhes doavam roupas, medicamentos e dinheiro.

Em 1942, os nazistas criaram um gueto em Varsóvia, e Irena, horrorizada pelas condições em que ali se sobrevivia, uniu-se ao Conselho para a Ajuda aos Judeus, Zegota. Ela consegui, para ela e sua companheira Irena Schultz, identificações do gabinete sanitário, em cujas tarefas estava a luta contra as doenças contagiosas. Mais tarde conseguiu para outras colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de uma epidemia de tifo, permitiam que os polacos controlassem o local. Rapidamente ela entrou em contato com famílias, a quem propôs levar os seus filhos para fora do gueto.

Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a lhe entregarem os seus filhos e eles lhe perguntavam se ela prometia-lhes que eles viveriam. Mas como prometer, se nem sequer sabia se conseguiriam sair do gueto? A única certeza era a da morte das crianças se permanecessem lá. Muitas mães e avós relutavam contra a entrega das crianças, algo absolutamente compreensível, mas que viria a ser fatal para elas. Algumas vezes, quando Irena ou as companheiras voltavam a visitá-las para tentar de novo, todos haviam sido levados para os campos da morte.

Até 1942, conseguiu resgatar mais de 2.500 crianças por vários meios; começou a recolhê-las em ambulâncias como vítimas de tifo, mas logo lançou mão de todo o tipo de subterfúgios para os esconder: sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacas de batatas, caixões, etc. Tudo transformava-se em esconderijo de fuga.

Irena vivia os tempos da guerra pensando na paz e por isso queria que as crianças um dia pudessem recuperar os seus verdadeiros nomes, identidade, histórias pessoais e suas famílias. Registrou em listas os nomes e dados das crianças e as suas novas identidades. Os nazistas descobriram e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada.

Só Irena sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto aguardava a execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena leu o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da ?egota conseguiram subornar os alemães, e Irena sobreviveu continuando a trabalhar com identidade falsa.

Em 1944, durante o Levantamento de Varsóvia, Irena colocou as suas listas em dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena desenterrou-os e entregou as anotações ao doutor Adolfo Berman, o primeiro presidente do comitê de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a maior parte das famílias tinha sido morta nos campos de extermínio.

De início, as crianças que não tinham família adotiva foram cuidadas em diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina. As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta". Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada pelas suas ações humanitárias durante a guerra, começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.

Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel. Em 2003 o presidente da República Aleksander Kwa?niewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polônia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada pelos seus familiares e por El?bieta Ficowska, uma das crianças que salvou. Irena Sendler foi apresentada como candidata ao Prêmio Nobel da Paz pelo Governo da Polônia. Esta iniciativa pertenceu ao presidente Lech Kaczy?ski e contou com o apoio oficial do Estado de Israel através do primeiro-ministro Ehud Olmert, e da Organização de Sobreviventes do Holocausto residentes em Israel.

As autoridades de O?wi?cim (Auschwitz) apoiaram a candidatura, considerando que Irena Sendler era uma dos últimos heróis vivos da sua geração, e que tinha demonstrado uma força, uma convicção e um valor extraordinários frente a um mal fora do comum. Mas o escolhido foi Al Gore.



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