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Ataque Isralense a navio: novo capítulo no conflito com a Palestina
(Tiago Augusto Lippi Garbin)

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Por Tiago Augusto Lippi Garbin

Em 31 de maio de 2010, um navio contendo ajuda humanitária aos residentes da Faixa de Gaza foi atacado pela marinha Israelense, sob a acusação de violar o bloqueio instalado pelas autoridades daquele país. O objetivo deste bloqueio é isolar possíveis células terroristas baseadas neste território que já atuaram e podem novamente atuar contra Israel.

O ponto de discórdia neste assunto é o fato de o ataque ter ocorrido em águas internacionais, área fora do chamado mar territorial e da zona de exploração econômica que cada país costeiro possui e que compreende um total de 200 milhas a partir da costa, sendo 12 milhas a extensão do mar territorial e 188 milhas a zona de exploração econômica . Nesta área, não se aplica a jurisdição de nenhum país, mas sim, a jurisdição do país cujo navio leva a bandeira e, qualquer divergência pode ser considerada uma tensão entre dois países. No caso de Israel, ao se referir a um mapa, pode-se constatar a impossibilidade de haver 200 milhas de mar territorial e zona de exploração econômica, o que atribui a Israel apenas as 12 milhas de mar territorial. Importante ressaltar que Israel é signatário da Convenção da ONU para os Direitos do Mar, que dispõe acerca dos direitos de cada país sobre seu mar, o que abre uma potencial discussão questionando a legalidade deste ataque

Israel alega que o navio portava equipamentos e armamento para suprir os possíveis terroristas palestinos nesta região, fato negado pela Turquia, país originário do navio e que era o único país islâmico a manter relações diplomáticas, comerciais e militares com Israel, suspensas após o ocorrido e reforçadas com a retirada do embaixador turco de Israel.

Fato é que Israel nomeou uma investigação interna para apurar os fatos, mas a postura do governo já é de total defesa do ataque, o que coloca em xeque a credibilidade da investigação, visto que o ideal e cobrado pelas autoridades de diversos países e organizações, como a ONU, é uma investigação conjunta de diversos países para se apurar as reais causas, o que Israel se nega veementemente a aceitar. O máximo aceito pelo governo israelense foi a presença de dois observadores internacionais, mas que terão sua participação na investigação extremamente limitada. Os observadores estão proibidos de votar sobre os procedimentos e conclusões da investigaçãoe terão acesso negado a quaisquer documentos que possam danificar a segurança nacional e as relações exteriores de Israel, de acordo com comunicado do governo local. Isso apenas gera maior descrédito acerca da investigação e aumento da pressão internacional por um resultado imparcial e que denote as verdadeiras intenções do navio turco e as ações da marinha israelense.

Este é mais um triste episódio do conflito entre Israelenses e Palestinos pela posse da região, conhecida por ser a terra santa e o berço das duas religiões predominantes na área. Tal conflito já teve episódios marcantes pela sua violência e conseqüências como este bloqueio à Faixa de Gaza, que impede que cidadãos comuns, alheios aos conflitos entre o governo israelense e grupos terroristas, tenham uma vida digna e com seus direitos assegurados. Uma postura radical e que denota um possível isolamento internacional a Israel, visto que a partir de agora, a pressão da comunidade internacional acerca da divulgação dos reais motivos do ataque, bem como do fim do bloqueio a Gaza serão ainda maiores e mais intensos. Israel contribuiu mais um pouco para a explosão do barril de pólvora que é aquela região...



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