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A Política Externa dos Estados Unidos para a América do Sul
(Tiago Augusto Lippi Garbin)

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Por Tiago Augusto Lippi Garbin

Passado um ano e meio da posse de Barack Obama como 44º presidente dos Estados Unidos, sua gestão ainda é alvo de críticas e desconfiança por conta de diversos temas polêmicos, como a reforma no sistema de saúde, a retirada dos soldados americanos do Iraque e Afeganistão, dentre outros. Dentre estes outros, o mais próximo do Brasil é a postura americana com relação à América do Sul, principal zona de influência americana e onde existem políticas antiamericanas extremas.

Como principal exemplo, pode ser citado o governo de Hugo Chavez, principal adversário americano na América do Sul e sua postura radical contra a presença e a atuação americana na política regional, acusando-os de manipulação, dentre outras características dignas de uma nação imperialista na visão de Chavez. Há de se convir que Hugo Chavez também não seja uma referência política digna de ser seguida, visto suas ações de repressão à imprensa, as manifestações contrárias ao seu governo por parte da população e da oposição e a sua postura de estabelecer um regime socialista.

Trata-se do cenário perfeito para que haja um conflito de interesses na América do Sul, visto haver também governos simpatizantes e aqueles que não possuem uma posição clara. Como simpatizante, pode ser citada a Colômbia, que assinou um acordo com o governo americano que permite a utilização de bases aéreas colombianas por militares americanos com o intuito de se combater o narcotráfico. Na visão de Hugo Chavez, trata-se de uma expansão do domínio americano e uma ameaça ao governo da Venezuela, ao acreditar que sofrerá uma invasão americana.

Entre os que não possuem uma posição muito clara, pode-se destacar o Brasil, que por sua tradição e história diplomática, tem buscado aproximação com regimes não aceitos pelos americanos (leia-se Irã e Venezuela), a fim de estreitar suas relações comerciais e diplomáticas. Mas também mantém relações próximas com o governo americano, com quem acaba por enfrentar momentos de tensão e até mesmo constrangimento internacional por conta de sua postura, ora como aliado, ora como adversário. Importante ressaltar o fato de que o Brasil ganhou na OMC o direito de retaliação comercial contra 102 produtos americanos, por conta de subsídios ilegais do governo para produtores de algodão.

O que se vê é uma política externa e uma relação divergente entre Estados Unidos e América do Sul, dadas as potenciais divergências existentes entre os governos envolvidos. Tal situação coloca a diplomacia americana e sua política externa de aproximação em xeque, pois do lado de cá, existem governos e governantes com ideais e objetivos que não estão totalmente alinhados com os Estados Unidos e que, da mesma maneira, devem ser respeitados, coisa que dificilmente se vê nos discursos da secretária de Estado americana e nas suas ações.



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