Secretaria abre sindicância para apurar caso de professora que
(Uol)
Secretaria abre sindicância para apurar caso de professora que amordaçou criança no DF
A Secretaria de Educação do Distrito Federal instaurou uma sindicância interna para apurar o caso da professora Fátima Gomes, 49, que amarrou e amordaçou uma criança de 6 anos em uma escola de Brasília.
A professora também responderá por três crimes: maus tratos, constrangimento ilegal e expor criança à situação vexatória. Ela pode ser condenada a uma pena de até 6 anos de prisão. O caso está na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
Segundo Ivanna Sant’ana Torres, subsecretária de educação integral do DF, a professora foi imediatamente afastada de suas atividades após a constatação da agressão. “Como parte do nosso processo disciplinar, vamos colher os depoimentos, analisar todos os dados e, finalmente, aplicar a devida medida disciplinar”, declarou Ivanna ao UOL Notícias.
A subsecretária disse ainda que não havia nenhum registro de antecedentes de violência na ficha da professora, “que cumpria todas as normas tinha e tinha uma vida profissional bastante tranquila.”
Com relação ao comportamento do aluno, a subsecretária disse que o menino foi identificado como sendo um aluno hiperativo, mas que não era uma criança violenta.
“Não sei exatamente se o diagnóstico de hiperatividade estava fechado, mas ele apresentava alguns problemas disciplinares, como falta de atenção e não conseguia ficar parado por muito tempo. A própria escola havia encaminhado a criança a um psicólogo para fazer um acompanhamento. Inclusive, hoje, ele tinha uma consulta marcada com o psicólogo”, afirmou Ivanna.
Para a subsecretária, a preocupação agora é tentar minimizar o efeito da agressão no aluno, em toda sua família e também na própria professora. “Pelos relatos dos funcionários, ela [professora] teve uma crise, pois seu comportamento não era normal. Por isso é nosso dever também acompanhá-la.”
De acordo com Ivanna Sant’ana, uma servidora entrou na sala, viu a criança amordaçada e então chamou a diretora da escola, que decidiu chamar a família do aluno. Como a mãe da criança estava bastante nervosa, a diretora resolveu chamar o Batalhão Escolar da Polícia Militar. “O Batalhão foi chamado para garantir a segurança de todo o processo e para que não houvesse mais violência”, informou.
Depoimento
Segundo depoimento da professora, que foi liberada após assinar um termo circunstanciado, ela amordaçou o menino com fita adesiva. Além disso, ela prendeu a criança em uma cadeira na sala de aula, na frente dos colegas de classe, de acordo com a polícia.
A professora alegou que queria que o menino ficasse quieto, pois precisava de silêncio na aula. "Perdi a cabeça”, disse em depoimento.
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