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Adeus ao Trabalho?
(Ricardo Antunes)

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3. ALGUMAS TESES SOBRE O PRESENTE (E O FUTURO) DO TRABALHO: PERENIDADE E SUPERFLUIDADE DO TRABALHO
cont:

edida societal prevalente, a nova fase dos capitais globais retransfere, em alguma medida, crescentemente de sua dimensão intelectual, de suas capacidades cognitivas, procurando envolver mais forte e intensamente a subjetividade operaria.

XI - No contexto do capitalismo tardio, a tese hebermasiana, presente em sua teoria da ação comunicativa, acerca da pacificação dos conflitos de classe, encontra-se sob forte erosão e questionamento. No só o welfare-state vem desmoronando no relativamento escasso conjunto de países onde teve efetiva vigência, como também as desmontagens presenciadas no Estado Keynesiano colocaram-se uma forte dimensão privatizante, desintegrando ainda mais a restrita base impirica de sustentação da tese hebermasiana que propugnava a pacificação das lutas sociais.

XII - Ao efetivar a disjunção analítica entre trabalho e interação, práxis laborativa e ação intersubjetiva, atividade vital e ação comunicativa, sistema e mundo da vida, Ha

XIII – Se esses pontos condensam alguns traços característicos da “sociedade do trabalho”, no final do século XX, nos obrigam a refletir sobre a também a cerca do futuro trabalho ou do trabalho futuro . E aqui aflora uma questão que no nosso entendimento, é essencial e que vamos apenas sintetizar: uma vida cheia de sentido fora do trabalho supõe uma vida dotada de sentindo no trabalho. Não é possível compatibilizar trabalho desprovido de sentindo com tempo verdadeiramente livre. Assim, uma vida cheia de sentindo em todas as esferas do ser social somente poderá efetivar-se através da demolição de barreiras existentes entre tempo de trabalho e tempo de não-trabalho. Se o trabalho se torna dotado de sentido será também (e decisivamente) através do tempo livre e de lazer do próprio indivíduo que ele poderá humanizar-se e emancipar-se em seu sentido profundo.

XIV – Se o fundamento da ação social for voltado radicalmente contra as formas de (des) sociabilização e mercadorização do mundo, a batalha imediata pela redução da jornada ou do tempo de trabalho torna-se inteiramente compatível com o direito do trabalho. E o empreendimento societal por um trabalho cheio de sentido e pela vida autentica fora do trabalho, por um tempo verdadeiramente livre, convertem-se em elementos essenciais na construção de uma sociedade não mais regulada pelo sistema de metabolismo social do capital por seus mecanismos de subordinação.

XV - Eliminado o dispêndio de tempo excedente para
a produção de mercadorias, eliminado também o tempo de produção destrutivo e supérfluo (esferas estas controladas pelo capital), possibilitará o resgate verdadeiro do sentido estruturante do trabalho vivo, contra o sentido (des)estruturante do trabalho abstrato para o capital. Isto porque o trabalho que estrutura o capital, desestrutura o ser social, isso é, o trabalho assalariado que dá sentido ao capital, gera uma subjetividade inautêntica, alienada/estranhada no próprio ato de trabalho.
E, avançando na abstração, esse mesmo trabalho autônomo, autodeterminado e produtor de coisas úteis, tornará sem sentindo e supérfluo o capital, gerando as condições sociais para o florescimento de uma subjetividade autentica e emancipada, dando assim um novo sentido ao trabalho e dando à vida a um novo sentido, além de resgatar o sentindo de humanidade social que o mundo atual vem fazendo desmoronar ainda mais.



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