Sobre A MORTE
(NELSON PASCARELLI FILHO)
A Morte é vazio, Nada-Nada em oposição ao que É, e por ser tão Onisciente e Onipresente, É-É, assim, duas vezes. Nenhuma ordem é a Morte, mas bem além dela, extra – ordinária, esse incômodo nada-nada que existe. Ela, a Morte, exige explicação onde causa e consequência são sinônimos confusos! O que não se pode evitar é certeza única nessa vida repleta de dúvidas. Onde está meu corpo de menino? Ele morreu a cada ano tão lentamente que nem me dei conta disso. E minha consciência foi além das matrizes celulares a triunfar agora num corpo senil: sei que ainda aqui estou e sou! E digo que Ela, a Morte, ocorre no último instante de Vida e que não há Morte na Morte. Nela o óbvio se aparta assustado e só lhe cabem reflexões sobre a Vida em si ou inutilmente fora dela, e refletir sobre a Existência é jogar a moeda para cima, onde uma face é o viver e a outra o morrer, tanto faz a face revelada, a surpresa, seja ela o nada-nada ou esse é-é, o inusitado está bem concatenado nos limites da razão. Prudente é entrar num museu e saber que a Arte, docemente nos fará esquecer, por alguns instantes, que sabemos de nossa finitude.Para Saber Mais: www.pascarellisciensead.com.br
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