Maya o romance da criação
(Jostein Gaarder)
" Leva-se milhares de milhões de anos a criar um ser humano. E só uns segundos a morrer". Esta frase atravessa como leitmotif. Nela está contida a essência deste livro, tão densa como o próprio universo, tão profunda como a própria vida. O enredo começa a tomar forma numa ilha paradisiaca, Taveuri, do arquipélago de Figi, onde o acaso reúne um escritor inglês, um biólogo evolucionista português e um casal cigano. Mas outros personagens não menos interessantes, serão chamdos a participar como a jovem Laura, uma esposa ausente, um anão viajante do tempo, um certo quadro de Goya que se encontra no museu do Prado em Madrid e até mesmo um geco que na ilha costuma frequentar noturnamente as paredes do quarto do biólogo e que mantém com ele sapientíssimos diálogos cheios de um delicioso humor, um tanto ciníco.
Como sempre com Gaarder nada é o que parece ser a leitura deste romancepõe questões alucinantes, viaja tão longe como a grande explosão primordial, visitando todo o percurso da evolução até à misteriosa natureza da consciência, criando mundos alternativos, relacionando factos e situações distantes no espaço e no tempo, explorando possibilidades estonteantes, criando enigmas sem aparente solução ou cuja solução está dentro de nós. No fim, esta narrativa resulta poderosa e plena de vitalidade e Gaarder seduz-nos e maravilha-nos, sugerindo com o seu romance que sejam quais forwm as respostas, a vida é o milagre a celebrar.
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