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A Aprendizagem Pela Não Directividade
(Enciclopédia de educação)

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A base humanista de Carl Rogers leva-o a colocar o ser humano no centro da sua existência. Este aspecto reflecte-se na sua teoria da personalidade, como no seu modelo de psicoterapia centrado no paciente. Deste modo, torna-se inevitável que o autor transponha para a educação as bases que sustentam a sua perspectiva sobre o desenvolvimento humano.
Na sua obra Freedom to Learn, o autor concebe um modelo educacional que não é mais do que a conversão dos pressupostos humanistas para o ensino, mesmo porque já na sua obra On Becoming a Person, Rogers (1961), deixa já algumas considerações da adopção dos pressupostos humanistas para a educação.
A organização de um modelo de ensino teria de considerar a condição central do indivíduo no seu crescimento, de outra forma, “os resultados do ensino ou não têm importância ou são perniciosos” Rogers, (1961), p 250.
De facto, com base no seu entendimento humanista da condição humana, Rogers propõe um modelo de aprendizagem pela não directividade. Este modelo realça a condição activa e liderante do aluno no seu próprio processo de aprendizagem. Da mesma forma que o autor colocava a responsabilidade pela melhora no paciente, no que à terapia diz respeito, também atribuiía a mesma responsabilidade aos alunos num processo de aprendizagem, Sprinthall & Sprinthall, (1993).
O modelo de aprendizagem pela não directividade de Carl Rogers está, então, alicerçado na sua psicologia humanista, evidenciando a aprendizagem como um processo pessoal, assente na experiência e no pensamento, em detrimento da memorização de factos, Rogers (1961).
Ao argumentar e sustentar o modelo de aprendizagem pela não directividade o autor refere-se às limitações dos modelos clássicos, nomeadamente apontando que estes são frios, impessoais e ocos, Sprinthall & Sprinthall (1993), mas também aponta vantagens que, pelos modelos clássicos, não se conseguem, nomeadamente o facto de serem os alunos a liderar a sua aprendizagem por um processo de descoberta interior que se traduziria numa aprendizagem mais significativa, Rogers, (1961).
Assim, Rogers refere três condições fundamentais para a aprendizagem, sendo:
a) empatia, que estabelecerá as bases de um diálogo verdadeiro que permitirá uma partilha de emoções entre alunos e professores;
b) a aceitação incondicional positiva, que permitiria ao professor aceitar os alunos sem os julgar;
c) a congruência, que levasse a uma autenticação de comportamentos e partilhas entre professor e alunos.
Através destes pressupostos poderia-se alcançar uma aprendizagem significativa na qual cada sujeito/criança seria o principal motor desta sua aprendizagem, pelo que, só assim se teria uma aprendizagem pessoal e interna, consistente com o carácter pessoal das significações humanas. 
Nesta proposta de aprendizagem emerge o facto de o conhecimento poder ser organizado ‘pelo’ indivíduo, em vez de ‘para’ o indivíduo, Rogers, (1961).
A educação segundo este modelo de aprendizagem é elevada a um processo interno e pessoal.
Carl Rogers atribui ao ser humano o papel de mediador único entre um mundo pessoal, significativo e interno e o mundo exterior. Carl Rogers coloca, de facto, a pessoa no centro da sua existência.
 
Para uma análise mais profunda:
Feldman, R.S., (2001). Compreender a Psicologia. MacGraw Hill.
Monteiro, M., & Santos, M. (1996). Psicologia. (2º vol.). Porto Editora
Rogers, C. (1961). Tornar-se Pessoa. Lisboa: Moraes Editores.
Schultz, D. & Schultz S. (2005). História da Psicologia Moderna.. São Paulo: Thomson.
 



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