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Identidade pessoal e pertença ao grupo
(Jacques Leyens)

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A importância de outrem para o recém- nascidoA importância dos outros inicia-se logo desde o nascimento, sendo o choro usado como forma de comunicação e é a boa relação entre mãe e filho que favorece outras formas de comunicação por parte da criança.No entanto, a relação com os outros é mais visível pela sua carência. Nos seus estudos, Spitz, verificou que em meios onde as crianças são providas de poucos cuidados por parte dos indivíduos que a circundam, têm perturbações a vários níveis, não permitindo o seu desenvolvimento. Posteriormente estas podem necessitar de afecto para sempre ou tornarem-se insensíveis à relação com os outros. Esta indiferença deve-se à falta de reacção daqueles que os rodeiam e é usado como meio de protecção. Há, então, que haver um ambiente que lhe dê as respostas de que ela precisa, é necessária uma interacção criança – meio.Estas insuficiências podem ser colmatadas a vários níveis, mas poderão não o ser em carências profundas e que se dão precocemente.Para compreender melhor as relações no mundo humano, recorreu-se à psicologia animal. Os trabalhos de Harry Harlow foram muito importantes neste campo. Experiências feitas com macacos levam a admitir que a ligação da criança com a mãe é o efeito de uma necessidade primária, inata, a primeira de todas as ligações com o mundo circundante.As experiências reforçam a extrema ligação do bebé à mãe. Concluiu-se que os bebés se sentiam muito mais tranquilos e em segurança em novas situações quando se verificava a presença da mãe. Sendo-lhes permitida a descoberta do mundo circundante.Quando o isolamento é total e iniciado após o nascimento, prolongando-se durante alguns meses, as perturbações são extremamente fortes, sofrendo os indivíduos de défices sociais. Este facto não se deve apenas à presença ou não da mãe, mas também dos outros indivíduos da sociedade, mostrando-se assim a necessidade de diversidade de relações.A recuperação dos défices graves pode ser possível mas devem ser usados bons terapêutas, grupos de referência devidamente escolhidos que estejam “próximos” do indivíduo a tratar.As pesquisas de Harlow foram muito importantes para o ser humano, embora se deva dar a devida distância entre este e os outros seres. A importância de outrem no adolescente e no adultoPela nossa experiência quotidiana, torna-se mais simples explicar a importância dos outros no adulto. Todos nós precisamos da presença dos outros, pois mesmo aqueles que são solitários, privados de muitos contactos com a sociedade, precisam sempre de se relacionar, de conviver com o mundo circundante.Experiências feitas por Zuberk, posteriormente seguidas por outros cientistas, explicam o resultado da privação sensorial ou perceptiva, aplicável também à privação social. As conclusões mostram que os indivíduos ficam mais sensíveis aos outros, sendo facilmente influenciados por eles. O mesmo se aplica às crianças: quando isoladas durante algum tempo, tornam-se mais sensíveis a estímulos do observador do que as outras. Posteriormente, são feitos estudos sobre o isolamento, neste caso em grupos de dois e durante um espaço de tempo considerável. Os que desistiram são caracterizados por uma falta de actividade social, desprezando a criação de territórios no espaço em que vivem. Não se esforçam, portanto, para a formação de um grupo e mais tarde tentam encontrar boas condições de funcionamento, mas em vão. Isto acontece pela necessidade de mostrar a sua identidade. O próprio modo de viver em grupo presupõe a singularidade de cada indivíduo na sociedade, a afirmação da sua personalidade.O ser como social afirma-se quando pertence a um grupo homogéneo, tendo-o como referência, mas procurando a singularidade e originalidade em relação a ele, o que é tanto mais difícil de provar quanto maior for o grupo.Só na comparação com os outro, nos podemos afirmar, apesar da obrigação de cumprimento de determinadas regras ser necessária para a vida em grupo.No entanto, a acentuação da identidade depende das influências culturais e das pressões da comunidade e estas diferem de sociedade para sociedade. Ansiedade, associação e comparação socialTrabalhos feitos por Stanley Schachter levam a crer que a ansiedade (definida como medo difuso) leva à procura dos outros. As pessoas procuram a companhia de outros não para se ampararem ou atenuarem a sua ansiedade mas para se avaliarem, visto que a ansiedade se mantém igual em condições de isolamento ou de agregarismo. A associação consiste sobretudo na procura de comparação social. O Ser Humano sente necessidade de avaliar as suas aptidões e opiniões em relação ao outros, para isso tem de escolher referentes sociais adequados, “próximos do indivíduo”, de modo a obter as informações necessárias.O gregarismo é provocado pela necessidade de comparação social, que se torna menos evidente quando o sujeito recebe as informações sobre as suas emoções e as dos seus companheiros. Então, é a indifinição de sentimentos que leva à procura da comparação social e consequentemente de referentes sociais, referentes estes que devem apresentar características semelhantes, a vários níveis, ao indivíduo que se procura avaliar. Até porque, só em grupos mais ou menos homogéneos se podem fazer pressões no sentido da uniformidade.No entanto, a associação não tem como única finalidade a comparação social, mas esta é de extrema relevância pois permite o equilíbrio entre o indivíduo e a sociedade, explicando diversos fenómenos da vida em conjunto.



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